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Israel diz que mais ajuda está entrando em Gaza, mas números são contestados

Publicado 09.04.2024, 13:04
Atualizado 09.04.2024, 13:05
© Reuters. Comboio de ajuda humanitária entra em Gaza pela passagem de Rafah
09/04/2024
REUTERS TV/via REUTERS

Por Gabrielle Tétrault-Farber e James Mackenzie

GENEBRA/JERUSALÉM (Reuters) - O governo de Israel afirma que ajuda humanitária está entrando em Gaza mais rapidamente após a pressão internacional para aumentar o acesso, mas a quantidade é contestada e a Organização das Nações Unidas (ONU) diz que ainda é muito menos do que o mínimo necessário para atender às necessidades.

Israel disse que 419 caminhões -- o maior número desde o início do atual conflito -- entraram em Gaza na segunda-feira, embora o Crescente Vermelho e a ONU tenham fornecido números muito mais baixos, com a ONU dizendo que muitos estavam carregados apenas pela metade devido às regras de inspeção israelenses.

Seis meses após o início da campanha aérea e terrestre de Israel em Gaza, desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro, o enclave palestino devastado enfrenta fome e doenças generalizadas, com quase todos os seus habitantes desabrigados.

Agências de ajuda humanitária reclamam que Israel não está garantindo acesso suficiente a alimentos, medicamentos e outros suprimentos humanitários necessários, e o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, acusou o país de usar a fome como arma de guerra.

O porta-voz da agência humanitária da ONU, Jens Laerke, também apontou as severas restrições à entrega de ajuda dentro da própria Gaza no mês passado, dizendo que Israel havia negado permissão para metade dos comboios que tentou enviar para o norte do enclave em março, sendo que os comboios de ajuda da ONU tinham três vezes mais chances de serem recusados do que qualquer outro.

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O departamento militar israelense responsável pelas transferências de ajuda nega que esteja impedindo a ajuda humanitária em Gaza, dizendo que não há limite de suprimentos para os civis e culpando a ONU pelos atrasos.

"Somente ontem, entrou em Gaza comida suficiente para alimentar todas as pessoas de lá. A ONU não consegue distribuir e o Hamas rouba", disse David Mencer, porta-voz da Direção Nacional de Diplomacia Pública de Israel.

A pressão internacional sobre Israel aumentou na semana passada, inclusive por parte de seu aliado mais próximo, os Estados Unidos, depois que o país atacou um comboio de ajuda humanitária, matando trabalhadores humanitários internacionais.

A França disse que mais pressão e, possivelmente, sanções, devem ser impostas a Israel para abrir as passagens para a entrada de mais ajuda humanitária.

Israel disse na sexta-feira que abriria o ponto de passagem fechado de Erez para o norte de Gaza a partir de Israel para suprimentos de ajuda, aprovaria mais ajuda jordaniana através da passagem de Kerem Shalom, no sul, e permitiria temporariamente que seu porto de Ashdod fosse usado para ajuda.

Erez, a principal passagem para o norte de Gaza antes da guerra, está fechada desde que foi destruída em 7 de outubro.

Israel impôs um bloqueio total no início da guerra, mas gradualmente permitiu a entrada de ajuda, primeiro através da passagem de Rafah pelo Egito e depois pela passagem de Kerem Shalom, nas proximidades, a partir do próprio Israel.

Um aumento no fluxo de ajuda para Gaza nos últimos dias também foi observado por funcionários do Crescente Vermelho no Egito, que disseram que mais de 350 caminhões atravessaram de lá para Gaza na segunda-feira e 258 no domingo. Isso foi muito mais do que nas últimas semanas, quando o número era geralmente inferior a 200, disseram.

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No entanto, a UNRWA, principal agência da ONU em Gaza, disse que 223 caminhões haviam entrado na segunda-feira, menos da metade dos 500 caminhões que, segundo a agências, são necessários diariamente.

Em seu relatório diário sobre a situação na terça-feira, a UNRWA disse que "não houve nenhuma mudança significativa no volume de suprimentos humanitários que entram em Gaza ou melhoraram o acesso ao norte".

(Reportagem de Gabrielle Tetrault-Farber, em Genebra; James MacKenzie, em Jerusalém; e Tom Perry, em Beirute)

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