PEQUIM (Reuters) - A China e a aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) realizaram um oitavo diálogo militar sobre política de segurança na quarta-feira em Pequim, de acordo com uma declaração do Ministério da Defesa chinês.
Os dois lados trocaram opiniões sobre questões de defesa entre a China e a Otan, bem como sobre a situação internacional e regional, disse o ministério no comunicado, sem entrar em detalhes.
A reunião foi co-presidida pelo Escritório de Cooperação Militar Internacional da Comissão Militar Central da China e pela liderança do Departamento de Segurança Cooperativa do Estado-Maior Militar Internacional da Otan, acrescentou o comunicado.
A Otan disse que a reunião cobriu os cenários de segurança global e regional, "com ênfase na invasão ilegal da Ucrânia pela Rússia; segurança marítima; e questões de interesse comum".
Ambos os lados concordaram com o "valor do engajamento contínuo", acrescentou em um comunicado em seu site.
A aliança disse no ano passado que, embora a China não fosse uma "adversária", ela desafiava os interesses, a segurança e os valores dos membros da Otan com suas "ambições e políticas coercitivas".
A China rebateu a acusação, dizendo que a Otan havia distorcido a posição e as políticas chinesas, e a imprensa estatal chinesa chamou a Otan de um "grave" desafio à paz e à estabilidade globais.
O diálogo ocorre uma semana depois que a Suécia se juntou à aliança militar, abandonando uma política de não alinhamento de longa data para obter maior segurança dentro do bloco após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
A última rodada dessas conversas foi em fevereiro do ano passado na sede da Otan em Bruxelas.
(Por Albee Zhang, Liz Lee e Laurie Chen)