VARSÓVIA (Reuters) - O recém-nomeado primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, disse nesta terça-feira que seu país pedirá a mobilização total do Ocidente para ajudar a Ucrânia, acrescentando que recuperará uma posição de liderança na Europa e será uma parte forte da Otan.
O Parlamento polonês apoiou Tusk para que se tornasse primeiro-ministro na segunda-feira, encerrando oito anos de governo nacionalista e colocando o país no caminho de um descongelamento das relações com a União Europeia.
Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu, enfrentará um voto de confiança ainda nesta terça-feira.
"Vamos... pedir em alto e bom som a mobilização total do mundo livre, do mundo ocidental, para ajudar a Ucrânia nessa guerra", disse Tusk no Parlamento, apresentando os planos de seu governo.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, vai manter conversações com líderes norte-americanos na terça-feira, defendendo mais ajuda dos EUA para a guerra da Ucrânia contra a Rússia em um momento de dúvidas crescentes entre muitos parlamentares republicanos.
Tusk acrescentou que a fronteira oriental da Polônia será segura e prometeu resolver rapidamente as questões relacionadas a um protesto de caminhoneiros em várias passagens de fronteira com a Ucrânia.
Tusk também disse ao Parlamento que a Polônia será um aliado leal dos Estados Unidos e que vai recuperar sua posição como líder da União Europeia, mas afirmou que se oporia a quaisquer mudanças nos tratados da UE que colocassem a Polônia em desvantagem.
"Qualquer tentativa de mudar os tratados que sejam contra nossos interesses está fora de questão", afirmou ele.
(Reportagem de Anna Koper, Alan Charlish e Pawel Florkiewicz)