LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pode ser persuadido a tomar uma vacina contra Covid-19 na televisão para mostrar que ela é segura, mas não a receberia antes daqueles que mais precisam, disse sua assessora de imprensa nesta quarta-feira.
Johnson, de 56 anos, que ficou internado em uma unidade de tratamento intensivo no início do ano depois de contrair Covid-19, louvou a aprovação britânica da vacina da Pfizer (NYSE:PFE); (SA:PFIZ34) como uma vitória global e um raio de esperança em meio a uma pandemia que prejudicou a economia e virou a vida cotidiana de ponta-cabeça.
Como outros líderes, Johnson não pode ser visto furando a fila para receber a vacina antes de pessoas mais vulneráveis, mas quer ilustrar sua segurança para tentar convencer outros a tomá-la quando se tornar disponível de maneira mais abrangente.
Indagada se o premiê receberia a vacina ao vivo na TV, a assessora de imprensa Allegra Stratton disse que não lhe perguntou diretamente.
"Não acho que seria algo que ele descartaria", disse. "Mas acho que também sabemos que ele não iria querer receber uma vacina que deveria ser para alguém que está extremamente vulnerável, clinicamente vulnerável, e que deveria recebê-la antes dele."
Johnson disse que a vacina será voluntária, e uma pesquisa relâmpago YouGov revelou que 20% dos britânicos ou não estão confiantes ou não estão muito confiantes de que ela é segura e que 66% apoiam a ideia de o secretário da Saúde, Matt Hancock, ser vacinado ao vivo na TV.
(Por Elizabeth Piper e Michael Holden)