Por Emma Pinedo
MADRI (Reuters) - Um tribunal espanhol convocou na segunda-feira o primeiro-ministro Pedro Sánchez para depor como testemunha em uma investigação sobre supostas alegações de corrupção e tráfico de influência contra sua esposa que o levaram a considerar a possibilidade de renunciar em abril.
Sánchez, que dirige um governo minoritário liderado por socialistas, será interrogado pelo juiz Juan Carlos Peinado em sua residência oficial, o Palácio Moncloa, em 30 de julho, informou o tribunal.
Os procedimentos fazem parte de uma investigação preliminar sobre se Begoña Gómez usou sua posição como esposa do primeiro-ministro para garantir patrocínios para um curso de mestrado universitário que ela dirigia.
Peinado disse que o depoimento de Sánchez seria "conveniente, útil e relevante" para a investigação, a fim de determinar se houve tráfico de influência.
De acordo com a lei espanhola, parentes próximos, incluindo cônjuges, podem se recusar a responder perguntas, disse o advogado Luis Romero à Reuters.
Begoña Gómez compareceu perante o juiz na sexta-feira, mas se recusou a responder às perguntas conforme instruída por seus advogados, que disseram que o caso era "infundado".
Ela não comentou publicamente sobre o caso, mas Sánchez negou as acusações contra ela, dizendo que eram infundadas e orquestradas por inimigos políticos de direita.