WASHINGTON (Reuters) - A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, controlada pelos republicanos, deve votar nesta quarta-feira para formalizar o inquérito de impeachment do presidente Joe Biden, cujo filho Hunter Biden foi chamado para depor.
Os republicanos da Câmara alegam que Biden e sua família lucraram indevidamente com as decisões das quais o Biden mais velho participou enquanto atuava como vice-presidente de 2009 a 2017. A investigação se concentra nas negociações comerciais do Biden mais jovem, e não está claro se ele comparecerá.
A Casa Branca tem negado qualquer irregularidade e considerado a investigação como politicamente motivada antes da eleição presidencial de 2024, na qual o republicano Donald Trump, o único presidente a sofrer processo de impeachment duas vezes, é o principal candidato a enfrentar Biden. Trump foi absolvido pelo Senado em ambas as ocasiões.
Os parlamentares republicanos estão avançando com um plano para votar sobre o assunto antes do início do recesso de três semanas na quinta-feira, mesmo com outras questões legislativas pendentes, incluindo um projeto de lei sobre segurança nas fronteiras, se deve fornecer ajuda adicional à Ucrânia e Israel e como financiar o governo após o início de fevereiro.
O Comitê de Supervisão da Câmara emitiu uma intimação em 8 de novembro convocando Hunter Biden, de 53 anos, para depor a portas fechadas.
Ele se ofereceu para testemunhar publicamente, com seu advogado escrevendo em uma carta: "Já vimos vocês usarem sessões a portas fechadas para manipular, até mesmo distorcer os fatos e desinformar o público".
Os republicanos rejeitaram a oferta, dizendo que ele deveria primeiro comparecer a uma audiência a portas fechadas antes de qualquer depoimento público. Em 6 de dezembro, os parlamentares ameaçaram Hunter Biden com desacato ao Congresso se ele não comparecesse.
O advogado de Hunter Biden não respondeu a um pedido de comentário sobre o depoimento planejado para quarta-feira.
Hunter Biden enfrenta uma série de problemas legais. Em setembro, os promotores do escritório do conselheiro especial David Weiss o acusaram de uso ilegal de drogas ao comprar uma arma de fogo. E, na semana passada, um grande júri indiciou Hunter Biden por crimes fiscais.
(Por Makini Brice)