KINSHASA (Reuters) - Um tribunal da República Democrática do Congo considerou nesta segunda-feira o jornalista congolês Stanis Bujakera culpado de disseminar informações falsas, entre outras acusações, e o sentenciou a seis meses de prisão, disse seu advogado.
“Os juízes concluíram que nosso cliente é culpado de todas as acusações. Eles impuseram a sentença mais severa de seis meses, mais pagamento de uma multa de 1 milhão de francos congoleses (equivalente a 364 dólares)”, disse o advogado de Bujakera, Jean-Marie Kabengela, a jornalistas.
Ele acrescentou que Bujakera, que trabalha para veículos de imprensa internacionais como Jeune Afrique e Reuters, deve deixar a prisão onde está detido desde setembro nesta terça-feira porque já cumpriu a pena.
O advogado afirmou que, de acordo com procedimentos de rotina em casos como este, a equipe legal que representa Bujakera voltará ao tribunal nesta terça-feira para pegar uma cópia da decisão e pagar a multa para que ele seja libertado.
Bujakera, que negou todas as acusações, foi preso na capital Kinshasa sob suspeita de disseminar informações falsas sobre a morte de um importante político da oposição em um artigo publicado pela Jeune Afrique, segunda a revista de notícias francesa.
Grupos de direitos humanos locais e internacionais, incluindo Repórteres Sem Fronteiras e Anistia Internacional, condenaram a detenção de Bujakera, dizendo que foi um ataque contra a liberdade de imprensa. A Reuters também cobrou sua libertação.
(Por Bate Felix)