Por Andrew Goudsward
WASHINGTON (Reuters) - O ex-presidente norte-americano Donald Trump pediu nesta sexta-feira que um tribunal de apelações da Georgia desqualifique a promotora pública que o está processando por tentar reverter a derrota eleitoral de 2020 no Estado por causa de uma relação romântica que a procuradora tinha com um ex-assessor de alto escalão.
A ação do candidato republicano à presidência e oito co-réus solicita que o tribunal de apelações reverta uma decisão judicial deste mês que permitiu que Fani Willis, promotora pública do Condado de Fulton, continuasse conduzindo o caso.
O recurso é mais uma oportunidade para o ex-presidente dos EUA adiar ou atrapalhar um dos quatro processos criminais contra ele.
O juiz do Condado de Fulton, Scott McAfee, criticou com firmeza em sua decisão a relação entre Willis e Nathan Wade, um advogado externo contratado para ajudar a conduzir a acusação. Mas ele rejeitou alegações da defesa de que o romance era um conflito de interesses que exigiria que o gabinete de Willis fosse retirado do caso.
Wade se afastou do processo após o juiz dizer que ele precisaria se retirar para que Willis e seu gabinete pudessem continuar.
O tribunal de apelações tem 45 dias para decidir se aceita a questão. McAfee deu a Trump e os outros co-réus permissão para recorrer imediatamente da sua decisão, mas disse que continuará levando o caso a julgamento durante a apelação.