Por James Mackenzie e Ece Toksabay
JERUSALÉM/ANCARA (Reuters) - Turquia e Israel disseram nesta quarta-feira que vão voltar a nomear seus respectivos embaixadores mais de quatro anos depois de terem sido chamados de volta, em outro marco após meses de melhora nas relações.
As duas potências regionais expulsaram embaixadores em 2018 devido ao assassinato de 60 palestinos por forças israelenses durante protestos na fronteira de Gaza contra a abertura da embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.
Mas eles têm trabalhado para melhorar os laços, sendo a energia uma área-chave para potencial cooperação.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Yair Lapid, afirmou nesta quarta-feira que os dois países decidiram restabelecer os laços diplomáticos completos.
"Foi decidido mais uma vez elevar o nível das relações entre os dois países para o de laços diplomáticos completos e devolver embaixadores e cônsules gerais", disse o gabinete de Lapid em comunicado após uma conversa entre o primeiro-ministro e o presidente turco, Tayyip Erdogan.
“A melhoria das relações contribuirá para aprofundar os laços entre os dois povos, expandir os laços econômicos, comerciais e culturais e fortalecer a estabilidade regional”, acrescentou.
Uma visita à Turquia do presidente israelense, Isaac Herzog, em março, seguida de visitas de ambos os ministros das Relações Exteriores, ajudaram a impulsionar as relações após mais de uma década de tensões.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que a nomeação de embaixadores é um dos passos para a normalização dos laços.
"Um passo tão positivo veio de Israel como resultado desses esforços e, como Turquia, também decidimos nomear um embaixador em Israel, em Tel Aviv", declarou Cavusoglu em entrevista coletiva em Ancara, acrescentando que a Turquia está selecionando uma pessoa.