CARACAS (Reuters) - O principal promotor da Venezuela iniciou uma investigação no domingo sobre ameaças de morte contra uma candidata presidencial, no momento em que os temores de violência política na região aumentaram após o assassinato da semana passada no Equador.
O procurador-geral Tarek Saab escreveu em um post na plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter, que promotores de direitos humanos foram designados para investigar as ameaças contra Delsa Solorzano, uma candidata presidencial que concorre em uma primária da oposição em outubro.
A primária da oposição visa escolher um representante para enfrentar os socialistas do presidente Nicolás Maduro nas eleições gerais do ano que vem.
Solorzano, chefe do partido Encontro Cidadão, disse no sábado que ameaças de morte carregadas de insultos foram enviadas a ela por meio de uma conta no Facebook (NASDAQ:META), e no X ela postou uma captura de tela que parecia mostrar uma mensagem atribuída ao grupo rebelde Exército de Libertação Nacional, da Colômbia, ameaçando matá-la.
Na semana passada, o presidente colombiano Gustavo Petro e o ELN, grupo marxista que luta contra o governo da Colômbia há décadas, iniciaram um cessar-fogo de seis meses como parte de um esforço para encerrar o conflito.
A próxima rodada de negociações entre o governo de Petro e representantes do ELN deve começar em Caracas na segunda-feira.
A mensagem postada por Solorzano supostamente do ELN também mencionou o assassinato do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio, baleado na semana passada em Quito.
Em seu post, Solorzano citou "os graves incidentes ocorridos recentemente no Equador" para motivá-la a se manifestar.
(Reportagem de Deisy Buitrago)