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No Meio da Crise, Nem Tudo Que Reluz é Ouro

Publicado 02.04.2020, 12:30
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Em momentos de grandes incertezas como o que estamos vivendo agora, buscar indicadores que apontem o que possa acontecer no mercado nos próximos dias, semanas, meses, é um processo natural, mas cheio de armadilhas e “previsões” assustadoras. Afinal, rentabilidade passada não é garantia de resultado futuro e o nível de subjetividade em um cenário novo como este é muito elevado. Dessa forma, não restam ao investidor muitas alternativas além de rentabilizar o capital por meio da geração de valor no longo prazo ou investir no que lhe ofereça maior segurança. 

Sobre isso, investidores mais experientes e “preparado$” para lidar com a renda variável neste momento permanecem com as ações em carteira e aguardam o momento para adquirir novos ativos a um desconto de 36,8% do Ibovespa. Estamos falamos de pagar hoje o preço das ações de 2017, o que, vale ressaltar novamente, não significa que qualquer papel da bolsa esteja valendo a pena. Por esse motivo, se você está apenas começando, estude as análises disponíveis antes de tomar uma decisão e não se esqueça de diversificar os seus investimentos. 

Mas, independentemente de qual investidor você seja, deve levar em consideração que temos pela frente o crescente endividamento do governo federal somado a uma queda forte de arrecadação e juros baixos, que podem beirar a zero ou até mesmo ficar negativos. Esse cenário é exatamente o utilizado pelo renomado gestor da Bridgewater, Ray Dalio, para justificar sua recomendação de compra de ouro no portfólio.

Resumidamente, Ray Dalio aponta para a deterioração do dinheiro como conhecemos, forçando a busca por uma reserva de valor em algo mais lastreado. Dito isso, e dado que movimentos nesse sentido já são vistos por aqui, hoje é dia de falarmos um pouco mais sobre esse metal dourado.

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Para investir em ouro é possível escolher entre: sua forma física, contrato futuro (OZ1D) na bolsa de valores; e Fundos de Investimentos Multimercado, sendo este o mais amigável por exigir menor aporte inicial e melhor diversificação. A escolha depende muito da aversão ao risco e objetivo de cada investidor, mas é preciso ter em mente que essa commodity é cotada em dólar.

Esse detalhe da cotação da commodity em moeda estrangeira é fundamental porque adiciona um elemento extra ao cálculo de rentabilidade do ouro e no seu impacto no portfólio para nós brasileiros. No que diz respeito aos Fundos de Investimentos Multimercado, por exemplo, eles podem utilizar instrumentos para anular essa variação cambial, entregando a variação “pura” do preço do metal, e, portanto, oferecendo uma opção mais segura para quem busca “proteção”. Mas existem também fundos sem a proteção cambial, alternativa em que a rentabilidade total é a variação do preço do ouro mais a variação do preço do dólar (o que chamamos de “ouro em R$”), uma opção melhor para quem está interessado apenas em compensar as quedas do Ibovespa, por exemplo.

A grande questão é que, apesar da correlação com a moeda norte-americana, o metal dourado não apresenta a mesma liquidez que o dólar, o que faz com que ele, muitas vezes, não acompanhe igualmente a variação do câmbio, minimizando o seu efeito de compensação das perdas da carteira de investimentos. Para comprovar isso, basta tomar como exemplo a rentabilidade acumulada dos ativos após o ataque ao World Trade Center em 2001, quando o dólar atingiu valorização de 131% e o ouro do tipo spot 97%, e na crise dos subprimes em 2008, quando o dólar atingiu 125% e o ouro spot 132%.

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À primeira vista, pode parecer pouca coisa, mas adicione a essa conta o fator tempo e a necessidade de acertar o momento exato de “inversão das curvas” (ações caindo e ouro subindo) e chegamos à conclusão de que investimentos em ouro desempenham um bom papel como reserva de segurança, mas se for apenas para compensar a queda do Ibovespa, existem alternativas mais interessantes como o simples IVVB11 (SA:IVVB11) (ETF do S&P500) – como bem explica meu colega Samuel Torres em relatório disponível para assinantes da Capital Research.  

Por isso, desconfie quando alguém te recomendar comprar ouro indiscriminadamente apenas para “se proteger da queda do Ibovespa”. Não é porque estamos em meio à uma crise que aquela máxima deixa de valer: o que é bom para um investidor, não é necessariamente bom para outro.

Aliás, em meio à crise, tomar decisões alinhadas com o seu perfil de investimentos, levando em consideração não só sua aversão ao risco, mas também sua necessidade de liquidez, objetivo e prazo, é ainda mais importante. Afinal, quando estamos no bull market, todo mundo é arrojado e gosta de tomar risco, mas é quando o bear market chega que o bicho pega e separa os homens dos meninos.

Últimos comentários

As pessoas não estudaram finanças, não sabem as fórmulas e as teorias. Não é uma questão de ser corajoso ou não e sim de ter ou não conhecimento técnico.
Gostei da sua fala
Olá Reis. Eu estou iniciando no ramo, poderia me dar umas dicas importantes para iniciantes ou um artigo especifico ?? Grata e parabéns pelo artigo.
Olá Daiane, obrigado!  Não tem nada mais importante que investir de maneira consciente. Por isso, a primeira dica é que conheça as características dos investimentos que lhe interessam. Comece por investimentos mais seguros e priorize a reserva de emergência antes de partir para a renda variável. Até mais.
Ótima matéria! Eles são arrojados no Bull e cuidadosos no Bear.
Ótima matéria, eu acho que se não está conseguindo dormir a noite, você perfil de investimento errado.
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