Mercados Globais
A semana apresentou a alta histórica do S&P500, 2.483, e está prestes a fechar no empate em relação à semana passada. Após diversos resultados muito positivos, os mercados acionários estão em realização, liderados pelas ações de tecnologia dos EUA.
As ações do Twitter (NYSE:TWTR) caíram mais de 14%, apesar da empresa, com valor de mercado de US$ 12 bilhões, apresentar um lucro de US$ 574 milhões. Com 328 milhões de usuários mensais, a rede pode ter uma trajetória de queda dos lucros futuros e isso fez os céticos castigarem o papel. Na esteira das ações de tecnologia, os mercados globais operam em queda, após 2/3 das empresas dos EUA apresentarem seus balanços e 80% delas terem superado as estimativas dos analistas.
O dólar continuar a cair contra as moedas-chave, sobretudo depois da derrota sofrida por D.Trump no Senado. Trump queria eliminar o Obamacare – programa de acesso de pessoas pobres a seguros saúde mais baratos – e perdeu a votação por 51 a 49. Votaram contra as senadoras republicanas Susan Collins e Lisa Murkowski. O voto republicano de “minerva” foi do Senador John Mcain, republicano do Arizona, que voltou de sua licença médica após ser diagnostica com câncer cerebral. A substituição do Obamacare era uma das principais promessas de campanha de Trump e sua derrota evidencia a fraqueza do governo no legislativo, o que limita sua capacidade de gerenciar os estímulos à economia dos EUA. O dólar continua sendo negociado acima dos 1,174 por euro, nível mais alto desde abril de 2015.
O PIB americano cresceu 2,6%, dentro das expectativas, mostrando força em relação ao trimestre anterior, que foi modesto, em 1,2%. Os preços subiram no trimestre à taxa de 1% e o consumo das famílias, que tem o maior peso no PIB, cresceu à taxa de 2,8% e o investimento não residencial a 5,2%. São dados que mostram força da economia, em um momento em que muitos (FMI e FED) se mostram céticos em relação à manutenção da velocidade atual.
Brasil
No Brasil, o IBGE divulgou o desemprego trimestral encerrado em junho e ele veio em 13%, com recuo em relação ao primeiro trimestre, que foi de 13,7%.
O rendimento real médio habitualmente recebido pela população urbana foi de R$ 2.104, com uma queda de 1%. Veja o gráfico da evolução do desemprego trimestral:
O dado do IBGE mostra um recuo importante na taxa de desemprego, o que pode sinalizar a estabilização do mercado, ainda que em um patamar baixo.
O IBRE-FGV divulgou o IGP-M de julho, e ele veio em -0,72, acumulando 2,65% de queda no ano e 1,66% em doze meses. Os preços no atacado caíram 5,18% no ano, com destaque para os agropecuários, que acumulam deflação de 13,45%. O sinal é de que os preços fecharão 2017 em alta muito moderada para os padrões brasileiros, encostando em 3% medidos pelo IPCA. Esse comportamento, vale a pena insistir mais uma vez, deve motivar o BC a continuar na trajetória de queda da SELIC, até os 7,5%-8%.