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Resiliência nos investimentos: tempos ruins não duram para sempre

Publicado 28.04.2023, 11:47
BVSP
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O mercado financeiro enfrenta diversos momentos de instabilidade ao longo dos anos e eles acontecem por fatores distintos, desde mudanças no Governo até a situação geopolítica global. Essas oscilações podem afetar significativamente o retorno do portfólio de investimentos.

O cenário conturbado costuma deixar muitos investidores preocupados e mais propensos a tomar decisões impulsivas. Especialmente nesses momentos, é essencial manter a tranquilidade, afinal, essas situações podem gerar oportunidades de ampliar o potencial de retorno da carteira.  Para entender a importância da resiliência nos investimentos, acompanhe a leitura deste artigo e veja como fazer bons investimentos nos momentos turbulentos.

A resiliência nos investimentos

A resiliência é uma característica que significa que a pessoa é capaz de se adaptar e superar cenários adversos, desde os desafios profissionais até os obstáculos pessoais. Ter resiliência nos investimentos significa ser capaz de lidar com as oscilações e com a volatilidade do mercado financeiro. Isso envolve encarar os períodos de crise de forma emocionalmente equilibrada, com inteligência e sem tomar decisões impulsivas.

Para entender melhor, tenha em mente que o mercado financeiro é imprevisível — especialmente a renda variável. Portanto, investir envolve riscos e o processo não é uma linha reta, mas uma caminho com altos e baixos.

Por que o investidor deve ser resiliente em tempos ruins?

As oscilações, medidadas pela volatilidade, são características inerentes à economia e ao mercado financeiro. O investidor deve procurar controlar as emoções e tomar decisões acertadas para a sua estratégia de longo prazo.

Para entender melhor, considere o exemplo do efeito manada, um viés comportamental que ocorre quando investidores seguem tendências de momento do mercado. Nesse cenário, uma força vendedora costuma prevalecer e impulsionar a baixa nas cotações. Se o investidor fizer a venda apenas com base nas decisões de outros investidores, ele realizará prejuízos de modo desnecessário, vendendo exatamente na baixa.

Já um investidor resiliente tende manter a calma e a disciplina de investimento por entender que as oscilações do mercado são normais e esperadas. Além disso, ele costuma ter um plano bem definido para gerenciar os riscos e segue o seu plano sem se preocupar com o que os outros estão fazendo.

Como não há instrumentos para prever o comportamento do mercado no curto prazo, as estratégias são geralmente traçadas considerando horizontes amplos. Além disso, os tempos ruins do mercado podem gerar oportunidades de investimento, como a queda no preço de ativos com boa qualidade. Então, com o foco no longo prazo e mantendo a tranquilidade durante crises, há chances de investir em ativos descontados e obter retornos maiores.

Entenda seu perfil de investidor e seus objetivos financeiros

Em primeiro lugar, é essencial ter clareza sobre o seu perfil de investidor para guiar as suas decisões. Na prática, o perfil pode ser:

●  Conservador: tem uma tolerância ao risco mais baixa e prefere segurança e previsibilidade;

●  Moderado: tolera certos riscos em parte do patrimônio, mas ainda mantém investimentos menos arriscados na carteira;

●       Arrojado: tem alto apetite ao risco e busca rentabilizar mais o patrimônio investido.

Cada perfil lida com as oscilações de uma forma diferente, por isso, saber a sua tolerância ao risco é indispensável para compreender quais investimentos podem fazer parte da carteira e como você tende a reagir diante das crises.

Junto do perfil, é preciso ter objetivos financeiros claros e dividi-los conforme os prazos. Eles podem ser de:

●       Curto prazo: realizável em até 1 ano;

●       Médio prazo: de 1 a 5 anos;

●       Longo prazo: mais que 5 anos.

Essa definição o ajudará a entender melhor o papel que cada investimento cumpre em seu portfólio e qual a melhor solução para ele em momentos instáveis. Em certos cenários, o mais estratégico pode ser mantê-los na carteira e aguardar a crise ser superada.

Tenha uma boa estratégia de investimentos

Também é possível alcançar a resiliência ao elaborar uma boa estratégia de investimentos, definindo uma alocação de ativos adequada às suas necessidades, que determinará quais investimentos você poderá fazer, qual o percentual do patrimônio estará na renda fixa, quanto seguirá para a renda variável, entre outros pontos.

Outro ponto interessante é que sua estratégia de investimento deve considerar o gerenciamento de riscos e o rebalanceamento periódico da carteira. Desse modo, você consegue manter a alocação pensada inicialmente e minimiza as chances de o portfólio ficar desequilibrado.

Diversificar o portfólio

Outra dica é montar uma carteira diversificada. Ter um portfólio exposto a diferentes alternativas e classes de ativos é relevante porque essa abordagem ajuda a reduzir o risco de perda financeira e a proteger o seu patrimônio em momentos de crise econômica, onde é comum que o desempenho de certos setores da economia seja mais afetado do que outros.

Por exemplo, nos períodos de alta dos juros, o consumo pode diminuir e as empresas de varejo podem sentir os impactos mais intensamente. Se o investidor tiver todos os seus recursos alocados em um único setor, ele pode sofrer perdas significativas em caso de dificuldades no mercado. No entanto, com uma carteira diversificada, há como equilibrar os riscos e ficar mais bem preparado para os períodos ruins.

Manter o foco no longo prazo

O investidor também pode alcançar a resiliência mantendo o seu foco no longo prazo. Isso acontece porque os períodos de crise são temporários. Para exemplificar, veja o gráfico do Ibovespa entre 2003 e 2023:

Como é possível ver, o índice teve altos e baixos ao longo dos anos. As principais quedas aconteceram em 2008, com a crise financeira global, e em 2020, com a crise sanitária que afetou toda a economia e o comércio mundial.

Após 2020, o Ibovespa não apenas retomou o patamar que estava antes da crise como o superou. Isso demonstra como as economias tendem a se recuperar ao longo do tempo.

Também é relevante manter o foco no longo prazo porque as oscilações do mercado são esperadas e fazem parte do ciclo financeiro, além de oferecer melhores retornos. Porém, os impactos desses movimentos são mais fortes no curto prazo, podendo gerar perdas aos investidores que não tomam decisões estratégicas. Ademais, como você viu, é possível comprar ativos descontados e ampliar o retorno esperado quando olhamos para o futuro.

Como o investidor deve enxergar uma crise de mercado?

É importante ter em mente que crises são inevitáveis no mercado financeiro. Todas as economias, por mais sólidas que sejam, estão sujeitas a enfrentar momentos ruins e que impactam os rendimentos dos investidores.

Contudo, você pode enxergar uma crise de mercado como uma oportunidade para revisar a sua estratégia atual e identificar ativos com maior potencial de recuperação, permitindo ampliar o potencial de resultados a partir da recuperação do mercado. Em suas projeções para 2023, por exemplo, a Vanguard vê potencial de melhora no cenário econômico.

Veja as projeções para o período:

As tabelas acima mostram que a inflação pode estabilizar em diversas regiões do mundo, enquanto a tendência é o desemprego diminuir. Embora se fale em crises e recessão econômica, os países e seus mercados podem se recuperar no longo prazo.

Agora que você entendeu mais sobre os tempos ruins do mercado e compreendeu que eles são passageiros, é hora de se aprofundar sobre as oportunidades que podem ser exploradas na crise. Confira quais são as principais possibilidades:

Fortalecimento da sua estratégia e aumento do potencial de retorno nos investimentos

A primeira oportunidade, como você já viu, é comprar ativos descontados, ou seja, por um preço mais baixo do que o valor intrínseco. Considere que você investe nas ações de determinada empresa porque confia nos fundamentos dela e acredita no seu crescimento no longo prazo.

Quando há uma crise, os papéis podem desvalorizar. Entretanto, se a companhia mantiver sua qualidade de atuação, é possível investir nas ações com uma cotação menor e ampliar seu potencial de retorno no longo prazo. O exemplo também se aplica a outros ativos, como cotas de exchange traded funds (ETFs).

Como os fundos são afetados pelo desempenho dos ativos de investimentos que compõem o seu portfólio e pela lei de oferta e demanda do mercado, os diversos ETFs podem dar oportunidade de aproveitar o potencial de ativos descontados durante as crises.

Além disso, há o trabalho da inteligência emocional. Após lidar com uma crise, você pode ficar mais preparado para contornar as próximas instabilidades com mais tranquilidade e enxergar novas oportunidades de investimento.

Como você aprendeu, a instabilidade e os tempos ruins no mercado são recorrentes. Porém, ao manter a resiliência, diversificando sua carteira e focando no longo prazo, você pode encontrar melhores oportunidades e atingir um potencial de retorno mais elevado para seus investimentos.

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