Bom dia a todos.
Sejam todos muito bem-vindos ao lançamento do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas – o Lift. Agradeço a presença dos representantes do mercado financeiro e de capitais, de empresas de tecnologia, de organizações não-governamentais, das universidades, da imprensa e influenciadores digitais.
Estendo minhas saudações ao Presidente Ilan Goldfajn, aos colegas Chefes de Unidade e Diretores do Banco Central do Brasil; ao Paulo Stein, Presidente da Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (FENASBAC); Senhoras e Senhores aqui presentes.
O laboratório, que hoje inauguramos, trabalhará na intersecção de dois universos muito importantes: o mundo tecnológico e a esfera financeira.
Todos nós somos testemunhas das transformações que o encontro desses dois universos tem proporcionado. Tenho certeza de que qualquer um presente nesta sala pode, aqui e agora, realizar uma transação financeira, contratar um empréstimo, transferir recursos, pagar uma conta. Para isso, basta um celular com acesso à internet, que são tecnologias já incorporadas pelas instituições financeiras.
Quem sabe onde vamos parar? Temos real noção do potencial do impacto das novas tecnologias no mundo financeiro?
Em um mundo em rápida transformação como o que vivemos, marcado por mudanças sociais e culturais que são, ao mesmo tempo, causa e consequência de choques tecnológicos, é crescente o interesse e a sensibilização pelo valor potencial da inovação.
Neste admirável mundo novo, em constante transformação, é que nós, Banco Central, devemos desenvolver soluções que nos ajudem a avançar de forma rápida e profunda para melhor adaptação e também concepção de novos produtos e valores para a sociedade brasileira.
Refletindo essa tendência, sob a ótica do formulador de política, testemunhamos mudanças importantes na forma com que serviços públicos vem sendo concebidos para a sociedade. Observamos um novo paradigma de “governança em rede”. Diferentes soluções e serviços públicos são criados conjuntamente por e para os cidadãos, muitos dos quais em ambientes digitais, o que permite uma rápida prototipação, com ganhos de escala e redução de custos.
É nesse contexto que se inserem os laboratórios de inovação. Ambientes criativos e colaborativos capazes de engendrar o grau necessário de inventividade e experimentalismo ao tempo em que aproximam agentes na busca de soluções de problemas complexos.
Em essência, o laboratório de inovação traz consigo a expectativa de geração de novos produtos e serviços ou ainda a reorientação de processos por meio de melhorias incrementais que possam, por exemplo, produzir ganhos de produtividade e redução de custos a uma empresa ou mesmo (por que não?) ao País.
O Banco Central entende que as inovações financeiras têm potencial para gerar grande valor à sociedade brasileira, tanto aos clientes quanto para provedores de produtos e serviços financeiros.
Com essa expectativa, lançamos hoje o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT), uma iniciativa da FENASBAC, coordenada pelo Banco Central do Brasil e apoiada por empresas de tecnologia, especialistas e membros da academia.
A FENASBAC é parceira de longa data no apoio a ações estratégicas do Banco Central. Neste particular, celebramos seu suporte, na coordenação conjunta com o Banco Central do LIFT.
Registro também sinceros agradecimentos à Amazon, IBM e Microsoft parceiros desta iniciativa.
O LIFT é uma espécie de “pré-incubadora” de projetos. Startups, estudantes universitários, pequenas empresas de tecnologia, ou seja, os inovadores, devem entrar no site e propor um plano de negócio, a partir de uma lista de temas e de tecnologias, previamente definidos pela coordenação do Comitê de Gestão do Lift.
Os projetos de inovação devem ser alinhados com a temática da Agenda BC+: mais cidadania financeira, crédito mais barato, sistema financeiro mais eficiente e legislação mais moderna. Uma vez aprovada a ideia apresentada, as tecnologias necessárias ao seu desenvolvimento será provida pelos empresas de TI que são nossas parceiras no Laboratório de Inovações. O desenvolvimento dos protótipos será acompanhado por servidores do Banco Central. Vamos assistir ao vídeo que explica melhor o que é o LIFT.
O vídeo está disponível no hotsite do laboratório na página do Banco Central. Lá também é possível ter acesso ao Regulamento do LIFT; às informações sobre as datas das chamadas; e ao formulário de inscrições. Os projetos inscritos serão avaliados. Os selecionados terão que ser concluídos em um prazo de 90 dias, até a apresentação dos protótipos. Durante esse tempo, trabalharão sob a orientação dos apoiadores que se habilitarem.
O LIFT é uma arena que possibilitará um encontro privilegiado. Banco Central, universidades, pesquisadores independentes, startups, mercado financeiro, grandes empresas de tecnologia vão interagir em um espaço ímpar de criação e inovação. Acredito que temos boas chances de contribuir para a solução de alguns dos problemas de nosso País e gerar ainda mais cidadania financeira, legislação mais moderna, crédito mais barato e um sistema financeiro ainda mais eficiente.
Muito obrigada.
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