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Presidente do BC irrita Fazenda em fim de mandato e reforça perfil de sucessor alinhado ao governo

Publicado 25.04.2024, 09:35
© Reuters. Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto
09/11/2023. REUTERS/Brendan McDermid

Por Marcela Ayres

BRASÍLIA (Reuters) - Declarações do chefe do Banco Central, incluindo sobre o impacto de contas públicas mais frouxas e o abandono da orientação de política monetária, azedaram relações com o Ministério da Fazenda, até então seu maior parceiro no Poder Executivo.

Três autoridades do ministério, que pediram anonimato para discutir opiniões pessoais, disseram ter interpretado os recentes comentários do presidente do BC, Roberto Campos Neto, como uma medida deliberada para adotar um tom mais severo com o governo de esquerda que se prepara para substituí-lo no final do ano.

As tensões crescentes podem antecipar o ruído em torno dessa transição — a primeira sob lei que concede autonomia operacional ao BC — reforçando expectativas de que, para o lugar do atual chefe da autoridade monetária, será escolhido um nome de extrema confiança e trânsito com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe econômica.

Quando Campos Neto foi criticado por Lula no início do ano passado por taxas de juros elevadas, foi o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quem intermediou reuniões e baixou a temperatura.

No entanto, a sinalização mais recente de Campos Neto sobre eventual corte de juros menos intenso e os ataques à disciplina fiscal do Brasil durante uma maratona de eventos públicos em Washington na semana passada pegaram o Ministério da Fazenda de surpresa, potencialmente queimando pontes ali.

Uma fonte do ministério disse que a postura de Campos Neto, que foi indicado pelo antecessor de direita de Lula, Jair Bolsonaro, tornou-se "política". Outro chamou-a de "não habitual".

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O BC e o Ministério da Fazenda não responderam a pedidos de comentários.

Em um evento com investidores na quarta-feira passada, aberto à transmissão pública apenas algumas horas antes de começar, Campos Neto indicou pela primeira vez a possibilidade de um corte menor de juros enquanto traçou conjecturas para o futuro tendo como pano de fundo a maior incerteza global. Ele citou tanto a inflação dos Estados Unidos acima das expectativas quanto preocupações com o governo afrouxando sua meta fiscal para 2025.

Uma fonte do Ministério da Fazenda reclamou que ponderações semelhantes sobre taxas de juros nos EUA permanecerem altas por mais tempo abalaram os mercados em setembro e outubro sem uma reação tão dramática de Campos Neto que, à época, optou por ressaltar que a relação com a política monetária brasileira não era automática, sendo necessário avaliar os canais de transmissão para inflação, em particular o câmbio.

Outra fonte do ministério afirmou que as declarações foram feitas no calor do momento, sem que houvesse visibilidade sobre o quão permanentes seriam as consequências do cenário para a moeda brasileira.

Passados alguns dias, o real recuperou parte de suas perdas neste mês, mas na segunda-feira Campos Neto ressaltou que, diante das incertezas, a autoridade monetária ficava impedida de fornecer uma orientação futura para a política monetária.

Em março, o BC havia encurtado esse "guidance" ao sinalizar que previa mais um corte de 0,5 ponto percentual na sua próxima reunião de política monetária, e não mais para os próximos encontros, no plural.

A desconfiança já vinha crescendo na Fazenda, disseram as fontes, desde que Campos Neto começou a defender abertamente no início deste ano que parlamentares aprovassem uma emenda constitucional concedendo autonomia financeira ao BC.

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A proposta adicionaria um grau de liberdade ainda maior para a instituição após lei de 2021 ter escalonando os mandatos dos presidentes da República e dos chefes do Banco Central. Dadas as implicações da proposta para o relacionamento do BC com o Tesouro em diversos âmbitos, o alto escalão do Ministério da Fazenda ficou consternado por Campos Neto não ter apresentado o tema previamente a Lula e sua equipe.

NOVAS APOSTAS PARA OS JUROS

Apesar da saraivada de críticas de Lula e de suas sugestões de que o Brasil deveria adotar uma meta de inflação mais alta, as relações públicas se estabilizaram em meados de 2023 com Campos Neto, que participou de um churrasco com o gabinete presidencial no fim do ano passado.

O governo optou por manter a meta de inflação em 3% de 2024 em diante, o que ajudou a reduzir as expectativas para a evolução dos preços ao consumidor, abrindo caminho para um ciclo de afrouxamento monetário que começou em agosto e que reduziu a Selic em 3 pontos percentuais até o momento, para 10,75%.

Com a próxima reunião de política monetária em duas semanas, as taxas futuras agora precificam cerca de 90% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual em maio, rompendo com a sequência de reduções de 0,5 ponto.

Lula disse nesta semana que esperava que Campos Neto levasse em conta que "o Brasil não corre nenhum risco," acrescentando que estava avaliando se anunciaria antecipadamente seu sucessor.

Até agora, dois candidatos principais surgiram para o cargo. Gabriel Galípolo trabalhou como vice de Haddad no Ministério da Fazenda antes de se tornar diretor de política monetária do BC em julho.

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Paulo Picchetti, diretor de assuntos internacionais do banco, é amigo de Haddad desde que ambos concluíram o mestrado em economia na Universidade de São Paulo no início dos anos 1990.

Ao divulgar um pacote de medidas para estimular o crédito nesta semana, Haddad disse que Galípolo continuava a colaborar com diversos elementos da agenda da Fazenda desde que assumiu seu novo cargo, mostrando que não é por ter um trabalho autônomo no BC "que a gente precisa ficar de mal".

Os laços de Galípolo com Haddad continuaram a ser cultivados depois da sua ida para o BC: o diretor pega carona em voos da Força Aérea Brasileira (FAB) com o ministro de Brasília para São Paulo e participa de diversas reuniões informais no gabinete do ministério na capital paulista, entrando inclusive pela entrada privativa, segundo duas outras fontes.

Ao contrário de Picchetti, Galípolo também tem vínculos com Lula que independem de sua relação com Haddad devido à sua conexão com o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, seu parceiro acadêmico de longa data, que atua há anos como conselheiro do presidente.

Últimos comentários

Lula precisa pagar a divida com Mantega. Nao conseguiu a Vale nem a Braskem, vai coloca-lo no BC.
Esse Mantega foi aquele que quebrou o Brasil em 2015/2016, ótimo nome
250 dias e contando as horas pra esse sab.otador deixar a direção do Bc: fez o país pagar juros de r$ 1.5 trilhões em 2 anos; fez o BC dar PREJUÍZO de r$ 114 bilhões em 2023, QUE.BROU país
Kkkkk… piada ne!
Usem a lógica. Os cortes não fizeram a bolsa melhorar. Só faz o cambio desvalorizar.... Quando isso acontece significa que estamos em uma região de equilíbrio com o risco-país. Cortar mais só se o risco-país diminuir junto... mas está acontecendo o contrário
Que discussão estúpida, sempre será alinhado, esse é alinhado ao Guedes rentista de fundo falido de empresas públicas
e ainda por cima esse B.O.S.T.A do cam.pos ne.to v0t0u de camisa verde amarela. um sab.atador
Seja quem for o novo presidente não deve mudar muita coisa. O Lula já indicou quatro diretores e mesmo assim os cortes na Selic são sempre por decisão unânime. São decisões técnicas como devem ser.
Aqui não se solta uma lista com as votações igual na Inglaterra, deveria até porque Campos Neto já disse que a decisão final é dele
Se sou o presidente mano prender esse campo neto esse canalha.
no mínimo RUA
Típico de ditador, esse é o amor da esquerda.
sob qual alegação?
Janeiro com a saída dessa praga, primeiro Copom de 2025 Selic já cai 3%
E dólar sobe pra R$ 6,00, maravilha, ansioso pra ver isso.
Esse canalha tá a 6 meses de sair, tá afundando o país. Graças a Deus que vai cair fora. 2025 Selic vai tá a 5%
Em 2015 a selic estava em 14%, canalh4s são vocês, hipócritas, discípulos de BAND1D0S.
Essa bosta tá a 6 meses de sair, fica aí criando contendas. Pode ferrar o país, seu tempo tá acabando. 2025 Selic a 5%
não vejo a hora desse cara sair lula mete o pé na bunda desse cara
gostei dessa: #PéNaBundaDocam.posne.to
Dólar tá de graça!
O avô deve estar se contorcendo no caixão de tanta vergonha do Neto... Curriculo de RCN antes de virar fantoche do Jegues no BC: Operador de mesa de operações e trader do Bozano e Santander... Sem mais nada a declarar.... VOLTA MEIRELLES!!!!
Isso aí é balela tipo fofoca de vizinha. Mas uma coisa eu garanto, muita bomba ainda não explodiu justamente porque Roberto Campos é de uma família tradicional e tem um currículo respeitado, os grandes investidores estão pegando leve com o Brasil por saber que o presidente do BC tem capacidade para neutralizar os desequilíbrios fiscais do governo. Mas quando o PT fizer a troca, muita coisa vai aparecer, inclusive uma pressão adicional sobre o câmbio e uma espécie de tolerância zero para a irresponsabilidade fiscal, já que o mercado vem amenizando ataques contrários ao governo justamente por saber que o presidente do BC tenderia a neutralizar efeitos negativos gerados pelo governo. Mas se o governo ficar sem a credibilidade de um BC mais conservador, com certeza o país perderá muitos investimentos. O mais sábio seria o governo sinalizar uma continuidade no rumo da gestão do BC, do que anunciar mudanças que vão bagunçar a curva de juros e botar o país numa rota de recessão.
vc chegou ao cúmulo de copiar e colar o comentário do Julius kkkkkk
Enquanto a arrecadação bate recordes e recordes históricos... RCN tenta de tudo, com todas as forças, unhas e dentes para atrasar o país... A melhor coisa está acontecendo é a GADAIADA caindo no m7ndo real e se mudando da terra-plana.... Aguenta Brasil, 2026 é logo ali... #TÔCONTIGOBRASIIIILLLLL
a esquerdopatia crônica sempre destruindo os neurônios mais e mais. Cada comentário mais pobre que se lê. Vamos ver quando o galinhopo assumir daqui 2 anos, o estrago que estará o país.
huahuahuahua. Eles criticam, criticam, mas NENHUM petista fala o que faria no lugar de RCN, nem qual resultado teria.
teu comentário é inválido, porque é preciso estar inserido na máquina pública ( conhecendo os trâmites do serviço público, que são bem diferentes do setor privado) com uma equipe posta e com números e parâmetros econômicos para tomar qualquer atitude. Vc quer que qualquer um de nós, fora do sistema, não familiarizados com a rotina de uma autarquia, como o Banco Central, de cara, aqui no fórum, proponha uma solução concreta para problemas macroeconômicos? Tá de sacanagem , Ulisses ? O que nós podemos avaliar de fato é se as atitudes de um Presidente de uma autarquia tão importante como essa conduzem com uma postura adequada e de apoio às necessidades atuais do país, e não uma espécie de metralhadora giratória fim de mandato querendo criar algum tipo de falta de sintonia entre o que o governo atual faz e o que ele, RCN, deveria ser feito ( só para agradar o Mercado, verdade seja dita). Sem maiores divagações.
condizem*
e o que ele, RCN, acha* que deveria ser feito
RCN já fez muita besteira no passado primeiro baixando Selic para 2% e depois errando mais ainda ao deixar em 13,75% por tempo demais, podia pelo menos fazer o certo no seu último ano frente ao BC pra sair com alguma honra e baixar a Selic para pelo menos 9 a 8,5%, o pessoal fanático que reza pra pneu e não entende nada de economia só fala igual papagaio dizendo que tem que cortar gastos e realmente tem que cortar mesmo, mas pra isso os juros precisam cair, juros altos encarecem a dívida pública e obrigam o governo a gastar ainda mais, pra cortar gastos tem que abaixar os juros e não o contrário, aprendam e parem de falar groselhas.
se vc gasta mais do que deve, vc se torna cada vez mais um tomador de risco, e os juros para tomadores de risco são altos, isso é básico, amigo. Este governo ineficiente precisa sinalizar que vai cortar gastos e cumpri los. O dólar está alto, por causa da conjuntura macro e juros no EUA e metas sendo refeitas por aqui, vc acha que um país emergente vai atrair capital sendo imprudente e brincando de ser irresponsável com a sua moeda? É nesta hora que os juros tem algum poder, mesmo que tenha colateral!
Também não entendo que pra se cortar gasto é preciso baixar os juros. Olhem o que está acontecendo na Argentina. Melhor exemplo a ser seguido.
msg do felipe veio por meio do cão mort0
Volta, Meirelles!!! O Brasil não quer saber mais de pilantras aventureiros como RCN, Mantega e Jegues.
Curriculo de RCN antes de virar fantoche no Jegues no BC: Operador de mesa de operações e trader do Bozano e Santander... Sem mais nada a declarar.... Uma vergonha para o Avô, um verdadeiro economista politico.
esse lacaio do Lula ta sempre repetindo as mesmas bobagens
... falou o holder das bolas do BozoLadrão.. Aprende, militante. Bozo e Lula são dois ladrões populistas que adoram enganar otários como você.
Lamentavel é uma opinião tecnica que apenas relembra o que ja foi feito e levou o Brasil a sua maior crise economica.
Isso aí é balela tipo fofoca de vizinha. Mas uma coisa eu garanto, muita bomba ainda não explodiu justamente porque Roberto Campos é de uma família tradicional e tem um currículo respeitado, os grandes investidores estão pegando leve com o Brasil por saber que o presidente do BC tem capacidade para neutralizar os desequilíbrios fiscais do governo. Mas quando o PT fizer a troca, muita coisa vai aparecer, inclusive uma pressão adicional sobre o câmbio e uma espécie de tolerância zero para a irresponsabilidade fiscal, já que o mercado vem amenizando ataques contrários ao governo justamente por saber que o presidente do BC tenderia a neutralizar efeitos negativos gerados pelo governo. Mas se o governo ficar sem a credibilidade de um BC mais conservador, com certeza o país perderá muitos investimentos. O mais sábio seria o governo sinalizar uma continuidade no rumo da gestão do BC, do que anunciar mudanças que vão bagunçar a curva de juros e botar o país numa rota de recessão.
Nem terminei de ler. Its bullsheet
testão de B.O.S.T.A kkkkkkk ...
Campos Neto é unico que salva deste desgoverno acefalo. Tira-lo sera a pá de cal que faltava para o enterro do País.
Tem que tirar esse RCN urgente, esse cara ferrou com a taxa de juros no Brasil como o LuLa falou juros altos só prejudicam a vida da população, empresas e comerciantes os únicos que ganham com taxa alta de juros são os banqueiros rentistas amigos dele.
E o unico Pais que pode se dar o luxo de abaixar a taxa de juros devido ao aperto na inflação na hora certa. Inflação sob controle e o mais importante.
Exatamente o que vc espera aconteça se fizer isso? Eu acho que repete o governo DILMA. Conhece?
Lula nao sabe falar nem calcular, o que entende de economia pra querer ter alguma razao?! kkkkk
Governo tinha apenas de fazer o simples (na teoria) e tornar o Estado mais eficiente e menos perdulário, como é em qualquer empresa. PT se recusar a fazer ISSO e depois joga a culpa no MERCADO, NO RCN, NO EXTERIOR, NOS ESPECULADORES.....
Exatamente, estao criando um monstro e quem pagam os salarios desse pessoal somos nos. Quando a despeza eh mais alta que a receita, imprimem dinheiro ai os juros comecam a subir, mais. Mas eh dificil pro povao entender esse conceito
A carreta furacão agora vai acabar de afundar o Brasil , neste governo só tem incapaz de volta ao crime aí faria lima fez o L
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