WADEVILLE, África do Sul (Reuters) - A África do Sul "não tem escolha" que não seja a imposição de tarifas emergenciais sobre importações de certos produtos siderúrgicos laminados a quente para proteger sua indústria local, afirmou o ministro do Comércio e Indústria, Rob Davies, nesta segunda-feira.
O país mais industrializado da África está propondo tarifas de salvaguarda a partir de julho, afirmou o governo em documento publicado pela Organização Mundial do Comércio, em abril.
A tarifa ficará em vigor por três anos e a proposta prevê que deverá cair de 12 por cento no primeiro ano para 10 por cento no segundo e 8 por cento no terceiro.
"Vamos indicar a quantidade quando os processos estiverem completos", afirmou Davies à Reuters. "Temos que nos defender para assegurar que manteremos a produção primária de aço na África do Sul. Não temos escolha atualmente."
As siderúrgicas da África do Sul têm dito que a China, que produz metade do aço do mundo, tem despejado seu excesso de produção no mercado local.
Tarifas emergenciais são usadas contra aumento de importações não previsto que ameaça produtores locais. Este tipo de tarifa é permitido pela OMC, mas precisa ser notificada à organização e justificada por dados. Outros membros da OMC podem contestar a adoção de tais tarifas.
(Por Nqobile Dludla)