KUALA LUMPUR (Reuters) - O ministro do petróleo da Arábia Saudita disse nesta segunda-feira que os produtores de petróleo farão "o que for preciso" para reequilibrar o mercado, e que ele espera que o pacto global para redução na produção da commodity possa ser ampliado para até o final de 2017 ou possivelmente por prazo ainda maior.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), onde os sauditas são líderes, fechou acordo com outros produtores, incluindo a Rússia, para reduzir a produção em 1,8 milhão de toneladas até o final do primeiro semestre do ano, com o objetivo de apoiar os preços do petróleo.
Mas os estoques seguiram elevados, levando o petróleo de volta para abaixo dos 50 dólares por barril e colocando pressão na Opep para que os cortes sejam ampliados para o resto do ano.
"Com base em consultas que realizei com membros participantes, estou confiante em que o acordo vai ser estendido para o segundo semestre, e possivelmente além disso", afirmou o ministro de petróleo saudita, Khalid al-Falih, em um evento do setor em Kuala Lumpur.
"A coalizão de produtores está determinada a fazer o que for preciso para alcançarmos nossa meta de levar os níveis de estoque de volta à média de cinco anos", disse.
Fontes na Opep e na indústria dizem que tem havido discussões sobre ampliar os cortes até o final do primeiro trimestre de 2018, quando a demanda por petróleo costuma ser menor por questões sazonais.
(Por Florence Tan e A. Ananthalakshmi)