🤑 Não fica mais barato. Garanta a promoção com 60% de desconto na Black Friday antes que desapareça...GARANTA JÁ SUA OFERTA

Juros dos mercados não servem de guia à política monetária, diz Tombini

Publicado 24.09.2015, 12:51
© Reuters. Presidente do BC, Alexandre Tombini, no Rio de Janeiro

BRASÍLIA (Reuters) - Em uma aparição surpresa, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, foi bastante contundente nesta quinta-feira ao afirmar que as taxas de juros nos mercados não servirão de "guia" para a condução da política monetária nos próximos meses, reafirmando a estratégia de manutenção da Selic em 14,25 por cento por período "suficientemente prolongado".

Tombini, que deu uma declaração e respondeu a perguntas de jornalistas antes da coletiva de imprensa sobre o Relatório Trimestral de Inflação, disse que o BC irá assegurar que o mercado de câmbio funcione de forma eficaz, acrescentando que o BC e o Tesouro têm instrumentos adequados para evitar volatilidade e ansiedade nos mercados.

"O BC reafirma sua estratégia de política monetária, de manutenção da Selic... por período suficientemente prolongado", afirmou o Tombini, acrescentando que o aumento nos prêmios de risco não "devem ser entendidos como mudança da política monetária".

Ele disse ainda que o atual momento dos mercados financeiros já estava sendo esperado pelo BC e que a entidade não foi pega de surpresa.

Diante da aguda falta de confiança dos agentes econômicos, afetada pela crise econômica e política do país, os contratos de DIs dispararam nos últimos dias, precificando apostas de que o BC voltaria a elevar a taxa básica de juros novamente neste ano, mesmo após a autoridade monetária ter interrompido o ciclo de aperto no início deste mês.

Após a fala de Tombini, os contratos de juros futuros reduziram fortemente as alta, com os DIs mais longos até passando a cair.

Ele voltou a repetir que o objetivo do BC é levar a inflação para o centro da meta --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos-- no final de 2016, apesar de o próprio BC ter piorado sua projeção para o indicador.

INTERVENÇÕES

Tombini também foi muito questionado se o BC usaria as reservas internacionais, hoje na casa de 370 bilhões de dólares, para fazer leilões de dólares no mercado à vista e segurar a disparada da moeda norte-americana, que chegou a 4,2491 reais na máxima desta sessão. No entanto, as respostas foram evasivas, não descartando o mecanismo.

"Certamente todos os instrumentos estão à disposição do BC", disse, acrescentando que eventual uso de instrumentos será analisado no dia a dia e que não daria mais detalhes.

Ele ressaltou ainda que tanto o BC quanto o Tesouro Nacional têm atuado em conjunto e têm os "instrumentos adequados para tirar riscos da mesa", bem como que as ações têm objetivo de garantir o funcionamento satisfatório e adequado do mercado.

O BC intensificou sua atuação no mercado de câmbio na véspera, com dois leilões de venda de dólares com compromisso de recompra e um leilão de novos swaps cambiais, equivalentes a venda futura de dólares. Também durante a sessão passada, anunciou para esta quinta-feira outro leilão de novos swaps, na qual vendeu a oferta total de até 20 mil contratos.

Tombini disse ainda que os swaps cambiais têm sido bastante úteis e funcionado bem.

No relatório de inflação divulgado mais cedo, o BC defendeu que a economia está ainda mais fraca, compensado a alta do dólar na inflação.

Ele também defendeu a necessidade de as metas de superávit primário --economia feita pelo setor público para pagamento de juros da dívida-- de 2015 (equivalente a 0,15% do PIB) e de 2016 (0,70 por cento do PIB) são factíveis e necessárias.

© Reuters. Presidente do BC, Alexandre Tombini, no Rio de Janeiro

Para ele, "há tempo de tomar medidas necessárias para indicar a vontade e capacidade do governo de fazer ajustes", ao ser questionado sobre o encontro com representantes da agência de classificação de risco Fitch na véspera e eventual avaliação de perda do grau de investimento pelo país.

(Reportagem de Marcela Ayres; Texto de Patrícia Duarte)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.