Por Alastair Macdonald
BRUXELAS (Reuters) - Cidadãos da União Europeia (UE) terão mais dificuldade para achar emprego e a economia vai sofrer se a zona de trânsito livre interna da Europa, sem a necessidade de passaporte, entrar em colapso sob a pressão da crise migratória, disse o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, nesta sexta-feira.
Juncker reconheceu que não será fácil conter a forte chegada de imigrantes e refugiados, uma grande prioridade da Alemanha --a maior economia do bloco de 28 países e o principal destino daqueles que chegam.
A crise migratória, a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, expôs amargos desentendimentos entre os membros da UE e colocou a zona de viagem de passaporte livre de Schengen à beira do colapso, uma hipótese à qual Juncker alerta.
"Menos Schengen significa menos emprego, menos crescimento econômico", disse ele em entrevista à imprensa em Bruxelas. "Schengen é uma das maiores conquistas do processo de integração europeia."
"Sem Schengen, sem o movimento livre de trabalhadores, sem a liberdade dos cidadãos europeus de viajar, o euro perde o sentido... E o mesmo se aplica à ligação entre Schengen, liberdade de movimento e o mercado interno,"
"Se alguém quiser acabar com Schengen, então o que eles vão terminar fazendo é acabar com o mercado único também. E isso vai levar a problemas de desemprego na Europa."