Por Diego Oré
CARACAS (Reuters) - Milhares de venezuelanos saíam neste domingo para votar em um plebiscito contra o governo do presidente Nicolás Maduro e a oposição espera que o comparecimento seja maciço para exigir que Maduro convoque eleições presidenciais antes do fim de seu mandato, no início de 2019.
Apesar de o governo insistir que o plebiscito não é vinculante e não conta com o respaldo do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a Constituição faculta ao Parlamento, de maioria oposicionista, a convocação da consulta.
"Se no domingo saírem 11 milhões de venezuelanos, na segunda-feira passaremos a uma etapa de mais pressão. A hora zero depende da contundência deste 16 de julho. As próximas horas são decisivas", disse o líder oposicionista Henrique Capriles.
"Se uma imensa maioria se manifestar, na segunda amanhecerá uma nova Venezuela. Daremos uma mensagem muito clara e o governo terá que respeitar esta decisão", acrescentou Capriles, duas vezes candidato à Presidência.
Analistas calcularam que o comparecimento estaria em torno de 10 milhões de pessoas. Nas últimas eleições, as parlamentares de 2015, 7,7 milhões de pessoas votaram na oposição e permitiram que ela rompesse a supremacia chavista no Congresso.