BRASÍLIA (Reuters) - O governo brasileiro prevê apoiar a produção de 1 milhão de toneladas de arroz por meio de um programa de contratos de opções públicas, enquanto busca elevar a safra do produto básico para garantir oferta adequada à população, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, nesta quarta-feira.
O detalhamento foi feito após Fávaro ter sinalizado que o governo não mais fará um leilão para comprar arroz importado --um certame foi cancelado anteriormente em meio a suspeitas de irregularidade.
Ele disse que, neste momento, não se faz necessário o leilão, já que os preços no mercado esfriaram, mas sim é importante "o estímulo à produção, como os contratos de opções".
Segundo o ministro, a equipe técnica está fazendo as contas do custo da iniciativa, que poderia ficar em torno de 1,7 bilhão de reais.
No programa de opções, contudo, o governo só gasta os recursos se o produtor exercer o direito de vender o produto ao Estado.
"É um recurso que não é jogado fora porque se o produtor precisar exercer a opção e entregar o arroz para o governo e receber, o governo fica com o arroz e tem esse ativo para vender em outro momento. E se o mercado estiver acima da opção, não precisa, não tem o desembolso", destacou.
Ele observou ainda que a ideia é ampliar a produção em outros Estados, já que hoje em dia o Rio Grande do Sul concentra cerca de 70% da safra do produto básico.
"O estímulo será de 1 milhão de toneladas nas mais diversas regiões do Brasil para contratos de opção para arroz", disse.
O ministro acrescentou que o governo trabalha para que subvenção ao prêmio do seguro rural aumente para até 3 bilhões de reais ao ano, conforme a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 é debatida.
(Por Bernardo Caram)