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Brasil vai liberar trigo russo, desde que cereal seja processado nos portos

Publicado 06.12.2017, 19:00
Atualizado 06.12.2017, 19:00
© Reuters. Combain harvests wheat is seen during sunset in a field of the Demidovo farm outside the Siberian village of Legostaevo, in Krasnoyarsk region

Por José Roberto Gomes

SÃO PAULO (Reuters) - O Ministério da Agricultura deverá emitir na sexta-feira uma instrução normativa permitindo a importação de trigo russo, desde que cumprindo certos requisitos, em sinalização de que o Brasil passará a adotar uma posição mais firme nas negociações internacionais de produtos agrícolas.

De acordo com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, as importações serão liberadas com a condição de que o trigo seja totalmente beneficiado ainda nos portos, evitando-se assim a propagação de eventuais pragas ou doenças país afora, semelhante ao que a Rússia faz com a soja brasileira.

"Daremos o mesmo tratamento. O trigo terá de receber a inspeção fitossanitária, ser beneficiado e trabalhado nos portos, para não circular pelo país. Será um tratamento recíproco", disse ele nesta quarta-feira a jornalistas após participar de evento em São Paulo.

Os terminais com moinhos próximos e que poderão receber o trigo russo ainda estão sendo escolhidos pela pasta.

As discussões acerca da instrução normativa ocorrem após análises para se isentar de tarifa uma cota de 750 mil toneladas do cereal produzido fora do Mercosul, algo que beneficiaria os Estados Unidos e a Rússia, grandes exportadores mundiais. Essas conversas foram suspensas e podem ser retomadas em 2018.

O Brasil é um importador líquido de trigo. A produção brasileira em 2017 foi estimada pelo governo em menos de 5 milhões de toneladas, ante um recorde de 6,7 milhões de toneladas em 2016, o que desestimulou o plantio neste ano em meio a preços mais baixos.

De qualquer maneira, a liberação do trigo russo pode ser um passo importante para que aquele mercado retire as barreiras à carne brasileira, disse Maggi, acrescentando que está em conversas tanto com Moscou quanto com Washington --os EUA suspenderam as compras de carne bovina do Brasil em junho.

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IMAGEM

Durante o evento do qual participou, ao lado de lideranças do agronegócio e das relações exteriores do Brasil, Maggi disse que hoje o "maior problema" enfrentado pelo país no comércio internacional, em especial no que tange às commodities agrícolas, é a "questão da imagem".

"A imagem do Brasil vem sendo denegrida por nossos concorrentes. Você pega os irlandeses, (eles) são terríveis, todo dia plantam uma notícia, pegam uma fotografia de um abatedouro no Brasil e dizem que tudo no país é assim. Eles não têm nenhum pudor de fazer isso", afirmou Maggi aos presentes, segundo áudio repassado à Reuters pela assessoria de imprensa.

Conforme Maggi, o Brasil "está em guerra com esse pessoal" e, para tanto, precisa dar subsídios aos seus embaixadores ao redor do mundo para que rebatam acusações.

"Falta um pouco mais de comunicação por parte do Brasil para que nossas embaixadas instruam e deem a eles (embaixadores) elementos para que se empoderem na discussão", destacou.

(Por José Roberto Gomes)

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