LONDRES/NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros de café arábica na ICE subiram para uma máxima de dois meses e meio nesta quarta-feira, com o mercado continuando a se concentrar nas preocupações com a safra do principal produtor global, o Brasil, enquanto os preços do açúcar bruto também subiram.
Café
* O contrato dezembro do arábica fechou em alta de 10,75 centavos, ou 4,7%, a 2,39 dólares por libra-peso, depois de subir para o maior nível desde 6 de junho, a 2,40 dólares por libra-peso.
* Os negociantes disseram que o mercado continuou a receber apoio do clima seco nas áreas de café do Brasil, o que levantou a perspectiva de que poderia haver umidade insuficiente para sustentar o desenvolvimento de flores nos cafezais depois que chuvas no início deste mês levaram a algumas floradas precoces.
* Eles observaram que uma recuperação nos estoques da bolsa permaneceu uma influência de baixa, mas que atualmente estava sendo superada pelas preocupações com a safra no Brasil.
* Na véspera, a Safras & Mercado indicou que a colheita de café do Brasil em 2022 deve ficar abaixo das 61,1 milhões de sacas de 60 kg apontadas na previsão inicial da consultoria, o que pode gerar mais aperto para o mercado em prazo mais curto.
* O café robusta fechou em alta de 90 dólares, ou 4%, a 2.348 dólares a tonelada, depois de atingir seu maior nível desde 5 de janeiro, a 2.355 dólares.
Açúcar
* O contrato outubro do açúcar bruto subiu 0,15 centavo, ou 0,8%, a 18,04 centavos de dólar por libra-peso, impulsionado em parte pela produção de açúcar abaixo do esperado no centro-sul do Brasil durante a primeira quinzena de agosto.
* A produção de açúcar totalizou 2,63 milhões de toneladas, uma queda de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, informou o grupo sucroalcooleiro brasileiro Unica.
* O açúcar branco caiu 0,30 dólar, ou 0,1%, a 549,50 dólares a tonelada.
(Por Nigel Hunt e Stephanie Kelly)