PEQUIM (Reuters) - A China ainda não fixou tarifas de importação de etanol para 2017 e pretende fazer isso até o fim de janeiro, disse uma autoridade alfandegária nesta terça-feira, em meio a especulações de que o país tenha abandonado uma tarifa especial para os Estados Unidos e para o Brasil, maiores produtores globais do biocombustível.
Os comentários ocorrem após o Ministério das Finanças ter dito na sexta-feira que irá ajustar as tarifas para o etanol, sem indicação adicional sobre a mudança.
Junto com a declaração, o ministério publicou uma lista de mudanças nas tarifas de importação e exportação para o próximo ano para outras commodities, como aço e fertilizantes. Contudo, a lista não incluiu o etanol.
A ausência do biocombustível na lista provocou especulações entre operadores norte-americanos de que o governo havia removido a tarifa reduzida, de 5 por cento, sobre importações de etanol dos EUA e do Brasil.
Um porta-voz do Ministério das Finanças disse que a lista estava "incompleta", mas não deu outras informações.
A tarifa de 5 por cento foi introduzida no início deste ano como uma medida temporária e expira ao fim de dezembro. A tarifa normal para os dois países é 30 por cento, com todas as outras nações pagando até 80 por cento, segundo dados da alfândega chinesa.
(Por Meng Meng e Josephine Mason)