PEQUIM (Reuters) - A cidade chinesa de Binzhou, que abriga o maior fabricante mundial de alumínio, o China Hongqiao Group, ordenou que 2,57 milhões de toneladas de capacidade anual de fundição sejam fechadas neste inverno, de acordo com cálculos da Reuters baseados em um documento do governo.
O documento, cuja autenticidade foi confirmada por uma autoridade de Binzhou, descreveu mais de 2.500 fechamentos de caldeiras em 13 fundições a partir de 15 de novembro de 2017 até 15 de março de 2018.
Binzhou é uma das 28 cidades do norte da China que o Ministério da Proteção do Meio Ambiente tem pressionado para restringir a produção industrial neste inverno, a fim de evitar uma sufocante poluição atmosférica.
Com base na capacidade das caldeiras que serão fechadas, cálculos da Reuters estimam a capacidade total anual que terá a produção interrompida em quase 2,6 milhões de toneladas, ou 34,7 por cento da capacidade de 7,41 milhões de toneladas listada no documento.
Parte dessa capacidade, no entanto, já pode ter sido fechada em meio a uma campanha da China contra fundições ilegais.
Não ficou claro quantas dessas fundições pertencem à Hongqiao, que não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.
O diretor-gerente da consultoria AZ China, Paul Adkins, estimou que 2,05 milhões de toneladas da capacidade listada no documento de Binzhou já estavam fechadas, o que faria qualquer impacto adicional dos fechamentos na cidade ser consideravelmente menor.
(Por Tom Daly)