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Conab vê recordes para soja do Brasil 23/24, com exportação em 101,4 mi t, e quedas no milho

Publicado 19.09.2023, 15:17
© Reuters. Grãos de milho são carregados em um caminhão após serem colhidos em uma fazenda perto de Brasília, Brasil
22/08/2023
REUTERS/Adriano Machado
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Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A safra de soja do Brasil 2023/24 foi estimada nesta terça-feira em recorde de 162,4 milhões de toneladas, aumento de 5,1% ante a temporada anterior, de acordo o estudo Perspectivas para a Agropecuária, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A safra no maior produtor e exportador global da oleaginosa crescerá com aumento de 2,8% na área plantada, para 45,3 milhões de hectares e alta de 2,2% nas produtividades, para 3.585 quilos por hectare.

Mesmo com os preços sob pressão baixista e perda na rentabilidade, a soja continua sendo uma cultura de elevada lucratividade e liquidez, o que influencia em uma expectativa de aumento de área no próximo ciclo, disse a Conab.

"A tendência de preços baixos está associada a um choque de oferta, no qual estima-se uma produção mundial de soja para 2024 muito superior à demanda. Ainda assim, a rentabilidade se apresenta mais positiva, devido principalmente pela redução nos custos de produção...", explicou o gerente de Produtos Agropecuários da estatal, Sérgio Roberto Santos.

Com a maior oferta esperada para a safra que está começando a ser plantada, a exportação de soja do Brasil foi estimada em recorde de 101,45 milhões de toneladas em 2023/24, versus 96,9 milhões em 22/23, marcando também a primeira vez que os embarques superariam uma centena de milhões de toneladas, disse a Conab, citando maior demanda exportadora, além da safra recorde.

No caso da safra de milho, a Conab estimou a produção total em 119,8 milhões de toneladas, redução de 9,1% na comparação com o ciclo anterior, em meio a um recuo de 4,8% na área plantada, para 21,2 milhões de hectares, e nas produtividades esperadas (-4,6%), após recordes em 2022/23.

A redução na área plantada de milho do Brasil (maior exportador global) foi considerada diante de uma redução das cotações do cereal tanto no mercado internacional como no nacional.

"Mesmo com o consistente aumento do consumo interno do grão, a significativa redução projetada da rentabilidade do milho no país tende a levar a queda na área destinada à cultura", afirmou Santos, em nota.

A Conab ainda projetou uma queda de 26,9% na estimativa de exportação de milho do Brasil em 23/24, para 38 milhões de toneladas, enquanto vê um aumento de 37,2% no consumo do cereal para a produção de etanol.

O estudo não foi feito com base em pesquisa de campo, diferentemente dos levantamentos mensais da Conab, mas considera um modelo estatístico para estimar área, produtividade e produção dos grãos, além de cenários macroeconômicos de mercado nacional e internacional e preços das commodities.

Com uma menor produção de milho, principalmente, a produção total de grãos e oleaginosas do Brasil foi estimada em 319,5 milhões de toneladas na safra 2023/24, recuo de 1% ante o recorde de 322,75 milhões de toneladas do ciclo passado.

A produção de arroz deverá crescer 12,8%, para 11,3 milhões de toneladas, com impulso principalmente da área plantada, enquanto a colheita de algodão foi estimada em 2,99 milhões de toneladas (pluma), queda de 5,6%.

CARNES

A produção de carne de frango em 2024 foi estimada em 16 milhões de toneladas, alta de 3,8% ante 2023, com as exportações avançando praticamente o mesmo percentual, para 5,3 milhões de toneladas.

No caso da carne bovina, a produção no ano que vem foi prevista em 9,25 milhões de toneladas (equivalente carcaça), praticamente estável em relação a 2023, enquanto a exportação deve crescer 1,4%, a 2,96 milhões de toneladas.

© Reuters. Grãos de milho são carregados em um caminhão após serem colhidos em uma fazenda perto de Brasília, Brasil
22/08/2023
REUTERS/Adriano Machado

O Brasil é o maior exportador global de carne bovina e de frango.

A Conab previu ainda a produção de carne suína brasileira em 5,57 milhões de toneladas (equivalente carcaça) em 2024, alta de 4,2%, enquanto a exportação deve crescer 2,2%, para 1,25 milhão de toneladas.

(Por Roberto Samora)

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