SÃO PAULO (Reuters) - A segunda safra de milho do Brasil deverá alcançar 48,767 milhões de toneladas em 2018, com uma quebra de 27,61 por cento em relação à temporada anterior, previu nesta sexta-feira a consultoria Safras & Mercado, após reduzir em mais de 15 por cento a estimativa ante números divulgados em abril, por conta dos efeitos da seca nas lavouras.
"A projeção... considera as perdas na produção decorrentes da estiagem que atingiu importantes regiões produtoras do país", afirmou a Safras em nota.
Em abril, a consultoria estimava a também chamada "safrinha", que responde pela maior parte do milho produzido no Brasil, em 58,525 milhões de toneladas.
O levantamento indica um plantio de 10,427 milhões de hectares na segunda safra, 9,3 por cento abaixo dos 11,49 milhões de hectares cultivados no ano anterior, quando o Brasil colheu um recorde do cereal.
A safra de verão 2017/18 da região centro-sul deverá recuar 28 por cento frente à temporada anterior, para 23,9 milhões de toneladas, ante 24,096 milhões de toneladas na projeção de abril.
Para as regiões Norte e Nordeste, a Safras estima uma produção de 6,308 milhões de toneladas.
Com os ajustes nas estimativas de produção da safra de verão e da "safrinha", a produção brasileira de milho em 2017/18 deverá alcançar cerca de 79 milhões de toneladas, 26,7 por cento abaixo das 107,901 milhões de toneladas do ciclo anterior.
Em relação ao levantamento de abril, que apontava uma colheita de 88,95 milhões de toneladas, o recuo previsto é de 11,17 por cento.
(Por Roberto Samora)