CAIRO (Reuters) - O Egito disse nesta segunda-feira ter desmantelado um plano da Irmandade Muçulmana contra o governo, um dia antes de um tribunal local dar a decisão final sobre uma recomendação para a sentença de morte para Mohamed Mursi, ex-presidente islâmico do país.
Mursi foi derrubado do poder pelo então chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi há quase dois anos, após grandes protestos no país contra seu governo. No mês passado, um tribunal egípcio determinou a pena de morte para Mursi e 106 apoiadores da Irmandade Muçulmana por ligação a uma fuga em massa de presidiários em 2011.
Na terça-feira, o tribunal dará a decisão final. O veredicto está sujeito a recurso.
Um comunicado lido na TV estatal informou que forças de segurança haviam "rastreado e frustrado planos da organização terrorista Irmandade de coletar informações para realizar ataques hostis contra instituições estatais, especialmente o Exército, policiais, juízes, personalidades da mídia, além de líderes políticos e figuras públicas, sob ordens de líderes de dentro e de fora para criar uma célula terrorista."
O comunicado disse que a Irmandade estava acumulando inteligência sobre instituições do Estado e as enviava para fora do país para outros agentes, que não foram identificados.
A trama buscava espalhar informações falsas "para abalar a confiança em instituições estatais", acrescentou o comunicado.
(Reportagem de Ali Abdelatti)