Exportação de carne bovina do Brasil supera 300 mil t em setembro, novo recorde, diz Secex

Publicado 06.10.2025, 20:57
Atualizado 06.10.2025, 21:00
© Reuters.

Por Roberto Samora

SÃO PAULO (Reuters) - A exportação de carne bovina in natura do Brasil, maior exportador global, renovou um recorde mensal em setembro, apagando a melhor marca anterior vista em julho deste ano, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira.

O volume exportado somou 314,7 mil toneladas, alta de 25,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Secex.

O Brasil bateu recorde nas exportações de carne bovina apesar das tarifas impostas em agosto pelos Estados Unidos, que eram o segundo maior mercado brasileiro.

Os embarques crescentes ocorrem graças à diversificação de embarques para outros destinos, incluindo o México, segundo comentário feito em meados de setembro pela associação do setor Abiec.

Além disso, frigoríficos brasileiros têm aumentado embarques para a China, maior importador do produto nacional.

Em meio à firme demanda global pela proteína, tem ocorrido também um rearranjo no comércio global por conta das questões tarifárias dos Estados Unidos, que enfrentam também restrições na sua produção de carne bovina devido a um ciclo de baixa oferta de animais, segundo especialistas.

Em julho, antes da tarifa mais alta imposta por Donald Trump entrar em vigor, o Brasil exportou 276,9 mil toneladas de carne bovina, a melhor marca até então. Em agosto, o volume exportado de carne in natura somou 268,6 mil toneladas.

Em meados de setembro, o presidente da Abiec, Roberto Perosa, havia afirmado a jornalistas que os embarques no sétimo mês do ano, para os EUA, cairiam para cerca de 7 mil toneladas devido às tarifas.

Ele afirmou que, apesar das tarifas de 76,4% dos EUA à carne bovina brasileira (formadas pelos 50% mais alíquota de 26,4% existente antes de Trump), ainda existe alguma exportação para os EUA por conta da competitividade brasileira.

Os embarques remanescentes aos EUA são diversos, incluindo cortes de maior valor agregado, mas também há alguns relacionados a compromissos anteriores das empresas exportadoras, segundo a Abiec.

A Secex também divulgou nesta segunda-feira os dados detalhados de outros produtos exportados pelo Brasil, como os relacionados abaixo do setor do agronegócio.

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