Petróleo recua após cessar-fogo entre Israel e Hamas reduzir prêmio de risco
Investing.com - O Bitcoin opera em leve correção nesta quinta-feira (9), refletindo a cautela dos investidores após uma sequência de ganhos que levou o ativo a renovar sua máxima histórica no início da semana. O sentimento global de menor apetite ao risco voltou a pesar após os mercados absorverem a ata do Federal Reserve, que mostrou divisão entre dirigentes sobre o ritmo dos futuros cortes de juros. O dólar se manteve estável e os rendimentos dos Treasuries ficaram próximos de 4,15%, compondo um cenário de incerteza que limitou a tomada de risco em ativos voláteis. O movimento também coincidiu com a ausência de dados econômicos nos EUA devido à paralisação parcial do governo, o que reduziu o fluxo de notícias e aumentou a volatilidade intradiária.
Perto das 17h45 (horário de Brasília), o BTC era cotado a US$ 120.876,90, com queda de 2,08%, segundo dados da Binance. O Ethereum recuava 4,13%, para US$ 4.329,11, enquanto a BNB liderava as perdas entre as principais criptomoedas, caindo 5,78%, a US$ 1.239,81. Nas últimas 24 horas, o volume de negociação subiu cerca de 30%, indicando liquidações pontuais após a perda do suporte de curto prazo em US$ 122 mil. Ainda assim, o Bitcoin segue negociado acima da média móvel de 200 dias, próxima de US$ 112 mil, nível considerado suporte estrutural para o ativo.
No pano de fundo macroeconômico, os investidores acompanham atentamente as declarações de dirigentes do Fed de Nova York, que sinalizaram apoio a novos cortes de juros ainda em 2025, mesmo com a inflação ainda acima da meta de 2%. O tom mais “dovish” da ata do Fed havia impulsionado o apetite por risco no início da semana, mas a falta de consenso interno e a pausa nos indicadores econômicos frearam o ímpeto comprador. Enquanto isso, o ouro renovou recordes acima de US$ 4.000 por onça, reforçando a busca por proteção em meio a temores de desaceleração global e erosão monetária.
Entre os investidores, o clima é de realização e ajuste de posições, após o rali que levou o Bitcoin a subir mais de 30% em 2025. Dados da CoinGlass apontam liquidações superiores a US$ 125 milhões em posições compradas nas últimas 24 horas, em um movimento de “limpeza” no mercado futuro. Apesar da retração, analistas veem o quadro como saudável, sustentado por fortes fluxos institucionais em ETFs e pela crescente correlação com o ouro. O consenso, por ora, é de que o Bitcoin mantém fundamentos sólidos, mas deve atravessar uma fase de consolidação antes de tentar romper novamente a região dos US$ 126 mil.
"O Bitcoin recuou após testar os US$ 124.000, acompanhando a realização nos mercados de metais preciosos. A prata, que chegou a US$ 50 pela primeira vez, caiu rapidamente 4%, enquanto o ouro devolveu parte dos ganhos após tocar US$ 4.100. O movimento de correção nos metais impulsionou uma leve aversão ao risco, atingindo o mercado cripto. Altcoins tiveram desempenho pior, com ETH, BNB e Dogecoin caindo entre 3% e 4%, elevando a dominância do Bitcoin para 59,4%, maior nível em quase dois meses. O ambiente de shutdown nos EUA e a liquidação de mais de US$ 600 milhões em posições alavancadas reforçaram o tom de cautela no mercado", explicou Daniel Ascen, fundador da Ascen Cripto.
"A proximidade do topo histórico, alta volatilidade e RSI elevado sugerem potencial para movimentos bruscos — tanto para correções quanto para novas máximas. Mas, com fundamentos institucionais fortes e integração crescente ao sistema financeiro global, o “bull market” do Bitcoin ainda não mostra sinais claros de exaustão", analisou o WarrenAI.
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