SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil exportou de janeiro a setembro quase 4 por cento menos carne suína, considerando-se todos os produtos, mas obteve receita mais de 17 por cento acima da observada em igual período do ano passado, de acordo com dados compilados e divulgados nesta quarta-feira pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
No acumulado de 2017, o país embarcou 530,8 mil toneladas da proteína, queda de 3,8 por cento frente às 551,9 mil toneladas registradas em igual período de 2016.
A receita, contudo, saltou para 1,25 bilhão de dólares, contra 1,06 bilhão de dólares de janeiro a setembro do ano passado, refletindo os preços mais altos do produto no mercado internacional, segundo a ABPA.
Principal importadora de carne suína do Brasil, a Rússia foi destino de 210,3 mil toneladas no ano, alta de 11,7 por cento.
"A Rússia incrementou suas compras e a participação nas exportações totais do Brasil, sendo responsável por 40,8 por cento das vendas brasileiras em 2017. O sólido relacionamento que construímos com o mercado russo foi especialmente notável este ano", destacou em nota o presidente da ABPA, Francisco Turra.
Na sequência aparece Hong Kong, principal destino da Ásia, que importou 10,8 por cento menos no ano (112,2 mil toneladas) e puxou para baixo o resultado geral, conforme a ABPA.
Outro país em destaque é Cingapura, que liberou recentemente as importações de carnes bovina e suína com osso de todo o Brasil.
A nação asiática comprou 2,3 por cento mais em 2017, com 24,9 mil toneladas.
MÊS
Considerando-se apenas setembro, as exportações de carne suína chegaram a 61 mil toneladas, queda de 16,7 por cento frente ao recorde de 73 mil toneladas registrado em igual mês de 2016.
A receita no mês passado foi de 139,9 milhões de dólares, queda de 16,7 por cento na comparação anual.
(Por José Roberto Gomes)