SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de milho do Brasil em junho atingiram o menor volume em três anos, enquanto que as de soja mantiveram-se aquecidas, acima do patamar registrado um ano atrás, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) nesta terça-feira.
O Brasil, embarcou 87,6 mil toneladas do cereal no mês passado, contra 126,5 mil em maio. No mesmo mês do ano passado, foram embarcadas 369 mil toneladas, conforme a assessoria de imprensa. Foi o menor volume desde junho de 2011.
O volume de milho exportado em junho não foi suficiente para encher dois navios graneleiros tamanho padrão.
"Junho é sempre fraco mesmo. Esse ano não está sendo diferente, porque o mercado interno ainda estava com preço mais alto que no mercado internacional. A partir de agora os embarques começam a acelerar novamente, mas não nos níveis do ano passado", disse o analista de milho da consultoria Safras & Mercado, Paulo Molinari.
Nas últimas semanas, o Brasil começou a colher a segunda safra de milho, que deve entrar nos canais de exportação ainda em julho.
No acumulado do ano, o país embarcou 5,3 milhões de toneladas de milho, contra 8,5 milhões no primeiro semestre de 2013.
Em relação à soja, os embarques em junho seguiram a curva descendente após o recorde de 8,25 milhões de toneladas registrado em abril, mas seguiram em volumes consideráveis.
O país exportou 6,89 milhões de toneladas da oleaginosa no mês passado, alta ante os 6,5 milhões registrados em junho de 2013. Em maio, o volume exportado havia sido de 7,61 milhões de toneladas.
O faturamento das exportações de soja em grãos em junho somou 3,57 bilhão de dólares, mais uma vez colocando a oleaginosa como principal produto de exportação do Brasil, superando o minério de ferro, que rendeu 2,31 bilhões de dólares ao país no mês passado, e o petróleo, que faturou 1,42 bilhão de dólares.
(Por Gustavo Bonato)