O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que o Plano Safra 2023/24 está "intimamente ligado" ao novo arcabouço fiscal. "Para termos um bom Plano Safra, como tivemos em 2014, precisamos da aprovação do novo arcabouço fiscal para o Brasil continuar tendo responsabilidade fiscal. Com esse novo arcabouço sendo votado, aprovado, teremos a possibilidade de aumentar os recursos de equalização", afirmou a jornalistas nos bastidores do 1º Congresso da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), realizado nesta quarta-feira, 17, em Brasília.
O ministro ressaltou que já levou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o pleito da necessidade de aumento de recursos para a política pública de crédito rural. "Há um convencimento de boa parte da equipe econômica de que precisa aumentar substancialmente os recursos do Plano Safra. Com a votação do arcabouço fiscal, quero crer que lançaremos um Plano Safra mais robusto que será suficiente para as demandas do setor", prosseguiu o ministro. O Plano Safra 2023/24 passará a vigorar em 1º de julho.
Fávaro lembrou que no Plano Safra 2022/23 os recursos disponíveis para equalização das linhas de médios e grandes produtores foi da ordem de R$ 3,5 bilhões, enquanto em 2014, ainda na gestão Dilma, o valor para equalização de médios e grandes produtores foi de R$ 11,4 bilhões. "Corrigindo os recursos de 2014 para 2023, seria da ordem de R$ 18 a R$ 19 bilhões. Essa seria a equivalência", afirmou o ministro.
Sobre o valor necessário para equalização do próximo Plano Safra, Fávaro disse que o valor está sendo discutido. "Estamos discutindo os números para tentar enquadrar. Não é porque aprova arcabouço fiscal que pode passar o que quiser também. Temos que fazer com muita responsabilidade. O número será debatido com a Fazenda", observou Fávaro.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pede R$ 25 bilhões para equalização dos recursos.