Investing.com - Os futuros de ouro encerraram a sessão de sexta-feira em leve baixa, porque um dólar norte-americano amplamente mais forte reduziu o apelo do metal precioso, ao passo que os traders continuaram acompanhando os acontecimentos na Ucrânia.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em junho encerrou a sessão de sexta-feira em queda de 0,01%, ou 10 centavos, a US$ 1.287,60 por onça-troy.
Espera-se que os futuros de ouro encontrem apoio em US$ 1.272,00 por onça, a baixa de 2 de maio, e resistência em US$ 1.315,00, a alta de 7 de maio.
O dólar norte-americano recuperou-se para uma alta de um mês em relação ao euro na sexta-feira, ampliando os fortes ganhos da última sessão, após o Banco Central Europeu (BCE) ter indicado que pode reduzir a política monetária já no mês que vem.
O índice do dólar, que acompanha o desempenho do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, avançou 0,57% na sexta-feira, encerrando a semana em 70,92, o nível mais alto desde 30 de abril.
Um dólar norte-americano mais forte geralmente pesa sobre o ouro, porque a moeda diminui o apelo do metal como um ativo alternativo e torna as commodities negociadas em dólar mais caras para os detentores de outras moedas.
Enquanto isso, os participantes do mercado ponderaram as incertezas acerca dos acontecimentos na Ucrânia. No início da semana, o presidente russo Vladmir Putin pediu aos separatistas pró-Rússia no leste do país que adiassem seu referendo sobre a independência.
No entanto, os separatistas disseram que planejam seguir com uma votação no domingo, votação esta que alguns temem poder causar uma guerra civil. O Ocidente acusa a Rússia de liderar uma revolta separatista no leste da Ucrânia depois de ter anexado a Crimeia, no mês passado.
O ouro, visto como um investimento de refúgio seguro, geralmente se beneficia de turbulência geopolítica.
Na semana, o ouro da Comex retraiu 1,17%, ou US$ 15,30 por onça. O ouro caiu para US$ 1.284,80 por onça na quinta-feira, o nível mais baixo desde 2 de maio, após os comentários otimistas sobre a economia feitos pela presidente do Banco Central dos EUA (Fed), Janet Yellen.
O ouro caiu após a presidente do Fed, Yellen, ter dito que o banco central espera que o crescimento econômico norte-americano acelere este ano, apesar da desaceleração no primeiro trimestre. Os comentários foram feitos durante um discurso ao Comitê Econômico Comum do Congresso.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando os dados norte-americanos sobre as vendas no varejo, preços aos consumidores e sentimento do consumidor em busca de mais indicações sobre a força da recuperação econômica e mais necessidade de estímulo.
Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Commodities Futures Trading Commission (CFTC), os fundos de hedge e gestores de fundos aumentaram suas apostas positivas nos futuros de ouro na semana encerrando em 6 de maio.
As posições líquidas longas totalizaram 102.985 contratos, 12,65% acima das posições líquidas longas de 89.954 da semana anterior.
Também na Comex, a {{8836|prata} com vencimento em julho caiu 0,09%, ou 1,7 centavos, na sexta-feira e fechou a semana em US$ 19,12 por onça, o nível mais fraco desde 2 de maio. Na quinta-feira, a prata declinou 1,05%, ou 20,4 centavos, e ficou em US$ 19,13 por onça.
Na semana, o contrato futuro de prata de julho perdeu 2,14%, ou 42,0 centavos por onça.
Os dados da CFTC mostraram que as posições líquidas longas de prata caíram para 988 contratos na semana passada, recuando 46,9% em comparação com as posições líquidas longas de 1.862 na semana anterior.
Enquanto isso, o cobre com vencimento em julho subiu 0,67%, ou 2,0 centavos, na sexta-feira, encerrando a semana em US$ 3,083 por libra no fechamento do pregão.
Na semana, os preços do cobre da Comex subiram 0,32%, ou 1,0 centavos, em meio a preocupações menores com uma desaceleração na demanda oriunda da China, maior consumidor da commodity.
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que o índice de preços ao consumidor na China subiu 1,8% em abril em relação ao ano passado, menos que as expectativas do mercado de um ganho de 2,0%, ao passo que o índice de preços ao produtor declinou 2%, mais do que as estimativas do mercado de uma contração de 1,9%.
Na quinta-feira, dados oficiais mostraram que o superávit da China expandiu para US$ 18,45 bilhões em abril, de um superávit de US$ 7,7 bilhões em março, em comparação com as estimativas de um superávit de US$ 13,9 bilhões.
As exportações cresceram 0,9% em relação ao ano passado, superando as expectativas de uma queda de 1,7% e após um declínio de 6,6% em março. As importações subiram 0,8%, em comparação com as projeções de um declínio de 2,3% e após caírem 11,3% no mês anterior.
A nação asiática é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.
Segundo a CFTC, as posições líquidas longas de cobre totalizaram 698 contratos na semana passada, em comparação com as posições longas de 5.067 da semana anterior.