Investing.com - O ouro encerrou a sessão de sexta-feira no nível mais alto em quase três semanas, uma vez que as preocupações com a violência cada vez maior no Iraque impulsionaram a demanda por ativos menos arriscados.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em agosto subiu para uma alta da sessão de US$ 1.278,10 por onça-troy, o nível mais forte desde 27 de maio, antes de sair de altas e ficar em US$ 1.274,10, subindo 0,01%, ou 10 centavos.
Na quinta-feira, o metal precioso recuperou-se 1,01%, ou US$ 12,80, e ficou em US$ 1.274,00. Espera-se que os preços do ouro encontrem apoio em US$ 1.250,10 por onça, a baixa de 10 de junho, e resistência em US$ 1.294,70, a alta de 27 de maio.
Na semana, o ouro da Comex avançou 1,69%, ou US$ 21,60 por onça, o segundo ganho semanal consecutivo.
Os traders de ouro continuaram acompanhando os eventos no Iraque, uma vez que militantes ligados à Al-Qaeda ameaçaram tomar Bagdá após a captura das principais cidades no resto do país, no início da semana.
Na sexta-feira, o presidente Barack Obama disse que os EUA não vão enviar tropas para que o país do Oriente Médio pare a insurgência.
O ouro é frequentemente considerado um refúgio seguro em épocas de turbulência geopolítica.
Dados divulgados na sexta-feira nos EUA mostraram que o sentimento do consumidor norte-americano diminuiu inesperadamente em junho.
A leitura preliminar do índice de sentimento do consumidor em junho produzido pela Universidade de Michigan ficou em 81,2, abaixo dos 81,9 de maio, não atingindo as expectativas de uma alta para 83,0.
O relatório foi divulgado um dia após dados terem mostrado que as vendas no varejo dos EUA subiram menos do que o esperado em maio, mas a estimativa do mês anterior foi de alta.
O Departamento do Comercio dos EUA informou na quinta-feira que as vendas no varejo do país cresceram 0,3% em maio, ficando aquém das estimativas de um ganho de 0,6%. Entretanto, as vendas no varejo no mês de abril foram revistas para cima em um aumento de 0,5%, de um aumento de 0,1% previsto anteriormente.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando o resultado da reunião de definição de política do Banco Central dos EUA, na quarta-feira.
Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Commodities Futures Trading Commission (CFTC), os fundos de hedge e gestores de fundos aumentaram levemente suas apostas positivas nos futuros de ouro na semana encerrada em 10 de junho.
As posições líquidas compradas totalizaram 51.280 contratos, 0,4% acima das posições líquidas compradas de 51.064 da semana anterior.
Também na Comex, a {{8836|prata} com vencimento em julho avançou 0,62%, ou 12,2 centavos, na sexta-feira e fechou a semana em US$ 19,65 por onça, o nível mais alto desde 22 de maio. O contrato futuro de prata de julho subiu 3,35%, ou 66,0 centavos por onça na semana.
Os dados da CFTC mostraram que as posições líquidas vendidas de prata totalizaram 6.123 contratos na semana passada, em comparação com as posições líquidas vendidas de 10.602 contratos na semana anterior.
Enquanto isso na negociação de metais, o cobre com vencimento em julho subiu 0,46%, ou 1,4 centavos, na sexta-feira, encerrando a semana em US$ 3,029 por libra no fechamento do pregão.
Dados divulgados na sexta-feira mostraram que a produção industrial na China subiu a uma taxa anual de 8,8% no mês passado, em consonância com as projeções, após um aumento de 8,7% em abril.
Apesar dos ganhos de sexta-feira, os preços do cobre da Comex ainda caíram 0,72%, ou 2,2 centavos por libra, uma vez que os traders continuaram se preocupando com o resultado de uma investigação chinesa de acordos de financiamento feito por commodities que podem prejudicar a demanda pelo metal industrial.
A nação asiática é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.
Segundo a CFTC, as posições líquidas compradas de cobre totalizaram 5.107 contratos na semana passada, acima dos 68,5% das posições líquidas compradas de 16.240 da semana anterior.