Investing.com - O ouro encerrou a sessão de sexta-feira praticamente inalterado nas negociações voláteis do dia, após o relatório do indicador NFP (nonfarm payrolls) dos EUA para maio ter ficado em ampla consonância com as expectativas do mercado.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o ouro com vencimento em agosto declinou 0,06%, ou 80 centavos, para US$ 1.252,50 no fechamento do pregão de sexta-feira. Os preços ficaram em uma faixa entre US$ 1.245,70 e US$ 1.258,20 por onça.
Espera-se que os preços do ouro encontrem apoio em US$ 1.240,20 por onça, a baixa de 3 de junho, e resistência em US$ 1.261,50, a alta de 29 de maio.
O Ministério do Trabalho dos EUA informou que a economia norte-americana gerou 217.000 postos de emprego no mês passado, pouco abaixo das expectativas de um crescimento de 218.000. A taxa de desemprego manteve-se estável em uma baixa de cinco anos e meio de 6,3%.
Os dados decepcionaram algumas expectativas do mercado de uma leitura mais robusta, mas indicaram que o Banco Central dos EUA (Fed) deverá manter o ritmo atual de reduções do seu programa de compra de ativos.
Apesar do fraco desempenho de sexta-feira, o ouro da Comex avançou 0,51%, ou US$ 6,50 por onça na semana, graças aos fortes ganhos registrados na quinta-feira, após a decisão do Banco Central Europeu de divulgar novas medidas de estímulo.
O BCE reduziu a taxa principal de refinanciamento na zona do euro para uma baixa histórica de 0,15% e impôs taxas de depósito negativas sobre os bancos comerciais, em uma tentativa de estimular o crédito às empresas.
O banco central também implementou uma nova operação de refinanciamento de longo prazo, concebida para ajudar os bancos a emprestarem para pequenas empresas e disse que “intensificaria” os trabalhos preparatórios no mercado “títulos lastreados em ativos”.
Nesta semana, os investidores estarão enfocando o relatório de quinta-feira sobre as vendas no varejo dos EUA em busca de mais indicações sobre a força da recuperação econômica.
Os preços do ouro da Comex ficaram sob forte pressão de venda nas últimas semanas uma vez que dados econômicos norte-americanos otimistas apoiaram a visão de que a economia dos EUA está livrando-se do efeito de um clima de desaceleração visto no inverno.
Segundo dados divulgados na sexta-feira pela Commodities Futures Trading Commission (CFTC), os fundos de hedge e gestores de fundos reduziram significativamente suas apostas positivas nos futuros de ouro na semana encerrada em 3 de junho.
As posições líquidas compradas totalizaram 51.064 contratos, 25,3% abaixo das posições líquidas compradas de 68.393 da semana anterior. Os preços atingiram uma baixa de 18 semanas de US $ 1.240,20 a onça em 3 de junho.
Também na Comex, a {{8836|prata}} com vencimento em julho caiu 0,48%, ou 9,2 centavos, na sexta-feira e fechou a semana em US$ 18,99 por onça. Apesar das perdas de sexta-feira, os futuros de prata de julho ainda subiram 1,63%, ou 31,0 centavos, na semana.
Os dados da CFTC mostraram que as posições vendidas de prata totalizaram 10.602 contratos na semana passada, em comparação com as posições líquidas vendidas de 6.997 contratos na semana anterior.
Em negociação de metais, o cobre com vencimento em julho despencou 1,28%, ou 3,9 centavos, na sexta-feira, encerrando a semana em US$ 3,051 por libra no fechamento do pregão, o nível mais baixo desde 7 de maio.
Na semana, os preços do cobre da Comex perderam 3,66%, ou 11,6 centavos, uma vez que as autoridades chinesas continuaram investigando se as empresas utilizaram o mesmo estoque de cobre, alumínio e minério de ferro mantidos no porto de Qingdao como colateral em diversos empréstimos.
A nação asiática é o maior consumidor mundial de cobre, respondendo por quase 40% do consumo mundial no ano passado.
Segundo a CFTC, as posições líquidas compradas de cobre totalizaram 16.240 contratos na semana passada, acima dos 23,8% das posições líquidas compradas de 21.315 da semana anterior.