Investing.com – Os futuros de petróleo recuaram nesta terça-feira, uma vez que os traders saíram do mercado para bloquear os ganhos após os preços terem subido quase US$ 10 por barril nas últimas três sessões, o maior aumento de três dias desde 1990.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em outubro caíram US$ 2,27, ou 4,18%, sendo negociados a US$ 51,89 por barril.
Futuros do Brent subiram para US$ 53,09 na segunda-feira, o nível mais alto desde 30 de julho, antes de fechar em US$ 52,27, uma alta de US$ 4,10, ou 8,19%.
Os preços do Brent aumentaram quase 25%, ou aproximadamente US$ 9 nas últimas três sessões, uma vez que os traders voltaram ao mercado para fechar apostas em preços mais baixos, um movimento conhecido como venda a descoberto. Os preços atingiram baixas de seis anos de US$ 42,23 em 24 de agosto.
Em outros lugares, o petróleo com vencimento em outubro na New York Mercantile Exchange (Nymex) caiu US$ 2,00, ou 4,07%, sendo negociado em US$ 47,20 por barril.
Na segunda-feira, os preços da Nymex subiram para US$ 49,33, o nível mais alto desde 30 de julho, antes de serem negociados em US$ 49,20, uma alta de US$ 3,98, ou 8,8%. Futuros de petróleo negociados em Nova York avançaram 26,2%, ou US$ 9, desde quinta-feira passada. Os futuros caíram de US$ 37,75 em 24 de agosto, um nível não visto desde fevereiro de 2009.
Os ganhos de segunda-feira aconteceram em meio a estimativas revisadas para baixo sobre a produção dos Estados Unidos, juntamente com os sinais de que a OPEP poderia estar disposta a se reunir com seus estados membros de mercados emergentes para desenvolver uma estratégia com o objetivo de resolver a queda dos preços da energia.
Os preços do petróleo estiveram sob forte pressão de venda nos últimos meses, em meio a preocupações sobre um excesso crescente nos mercados mundiais.
A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto dos EUA e após a decisão da OPEP no ano passado de não cortar a produção.
Enquanto isso, as preocupações com a desaceleração da economia da China e com a possibilidade do Banco Central dos EUA (Fed) aumentar as taxas em sua próxima reunião de política monetária, em setembro, também pesaram.
O índice final Caixin/Markit dos gerentes de compra do setor industrial referente ao mês de agosto ficou em 47,3, a leitura mais baixa desde março de 2009.
O índice oficial de gerentes de compra (PMI) para o setor industrial da China caiu 49,7 no mês passado, de 50,0 em julho, o nível mais fraco desde agosto de 2012. Uma leitura abaixo de 50,0 indica contração da indústria.
A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo depois dos EUA e tem sido o motor do fortalecimento da demanda.
Os investidores também estão aguardando o relatório de emprego nos EUA referente ao mês de agosto, a ser divulgado na sexta-feira, o que poderia ajudar a fornecer clareza sobre a probabilidade de um aumento das taxas de juro de curto prazo.
Mais tarde na sessão, o Institute of Supply Management (ISM) deve divulgar um relatório sobre o crescimento industrial.
O momento para um aumento das taxas do Fed tem sido uma fonte constante de debate nos mercados nos últimos meses.