Investing.com - Os futuros norte-americanos de petróleo foram negociados em uma alta de quatro semanas hoje, após um relatório do governo norte-americano ter mostrado que as reservas de petróleo caíram mais que o esperado na semana passada.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o petróleo norte-americano com vencimento em julho avançou 0,95%, ou 98 centavos, para US$ 103,31 por barril nas negociações norte-americanas da manhã. Os preços ficaram em US$ 103,36 por barril antes da divulgação dos dados sobre as reservas.
No início da sessão, o petróleo da Nymex atingiu uma alta da sessão de US$ 103,44 por barril, o nível mais alto desde 22 de abril. Na terça-feira, os futuros norte-americanos de petróleo subiram 0,22%, ou 22 centavos, a US$ 102,33 por barril.
Espera-se que os futuros de petróleo negociados em Nova York encontrem apoio em US$ 101,69 por barril, a baixa de 20 de maio, e resistência em US$ 104,36 por barril, a alta de 22 de abril.
A Administração de Informações de Energia (EIA) dos EUA disse em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto norte-americano caíram 7,2 milhões de barris na semana encerrada em 16 de maio, em comparação com as expectativas de um aumento de 750.000 de barris.
As reservas totais de petróleo bruto dos EUA ficaram em 391,3 milhões de barris na semana passada.
O relatório também mostrou que as reservas totais de gasolina subiram 1,0 milhão de barris, em comparação com a projeção de uma alta de 0,1 milhão de barris, ao passo que os estoques de destilados caíram 3,4 milhões de barris, em comparação com as expectativas de uma queda de 0,4 milhão de barris.
Enquanto isso, os investidores estão aguardando a divulgação da ata da reunião de política monetária mais recente do Banco Central dos EUA (Fed), no final do dia, em busca de informações sobre a visão que o banco tem da economia.
Na ICE Futures Exchange de Londres, o petróleo Brent com vencimento em julho subiu 0,27%, ou 29 centavos, para US$ 109,99 por barril, com o spread entre os contratos Brent e de petróleo bruto dos EUA ficando em US$ 6,68 o barril.
As tensões atuais entre Rússia e Ucrânia continuaram em foco em meio a preocupações com uma interrupção nas reservas oriundas da região.
A Ucrânia realizará eleições presidenciais em 25 de maio, e persistem as preocupações de que a Rússia intervirá na votação e aumentará a crise. As autoridades norte-americanas e europeias advertiram no fim de semana que a Rússia enfrentará mais sanções se Moscou intervir nas próximas eleições.
A Rússia produziu 10,4 milhões de barris de petróleo por dia em 2012 e exportou 7,4 milhões, tornando-se o segundo maior exportador mundial de petróleo, atrás apenas da Arábia Saudita.
Enquanto isso, preocupações renovadas com a produção de petróleo da Líbia deram mais apoio aos preços, após alguns dos piores casos de violência já vistos no país desde a guerra de 2011 contra Muammar Kadafi.
A Líbia, membro da OPEP, abriga as maiores reservas de petróleo da África, mas a produção diminuiu nos três anos, após derrubarem do ex-líder Kadafi devido à instabilidade política e ataques aos ativos de petróleo.