Por Diptendu Lahiri
(Reuters) - O Dropbox (O:DBX) registrou nesta segunda-feira pedido para uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) que avalia a empresa de armazenamento em nuvem em até 7,1 bilhões de dólares, quase um terço abaixo de uma avaliação de três anos atrás, com preocupações de que a companhia não tem crescido rápido o suficiente para justificar um preço mais elevado.
A empresa com sede em San Francisco, que começou como um serviço gratuito para compartilhar e armazenar fotos, músicas e outros arquivos grandes, compete com empresas de tecnologia muito maiores, como o Google, da Alphabet (O:GOOGL), Microsoft Corp (O:MSFT) e Amazon.com (O:AMZN), assim como a rival de armazenamento em nuvem Box Inc (N:BOX).
Uma série de rodadas de financiamento avaliou o Dropbox no início de 2015 em 10 bilhões de dólares. Mas, no final do mesmo ano, os bancos de investimento advertiram que não poderiam corresponder a essa avaliação de IPO, e o investidor Fidelity Investments reduziu o valor estimado da Dropbox em quase 20 por cento.
"O Dropbox ainda está perdendo e a receita não é suficiente para justificar um valor de mercado de 10 bilhões. O preço teve que diminuir para atrair os investidores", disse Phil Davis, presidente-executivo da PhilStockWorld.com, um serviço de consultoria de investimento.
A empresa fundada em 2007 por dois graduados do MIT, Andrew Houston e Arash Ferdowsi, informou uma receita de 1,11 bilhão de dólares em 2017, um aumento de 31 por cento em relação ao ano anterior, enquanto seu prejuízo líquido diminuiu para 111,7 milhões de dólares ante 210,2 milhões de dólares em 2016.
O Dropbox estabeleceu preço de estreia entre 16 e 18 dólares por ação, informou a empresa no prospecto.
O Dropbox, que tem 11 milhões de usuários pagadores em 180 países, disse que cerca de metade de sua receita de 2017 veio de clientes fora dos Estados Unidos.
O braço de capital de risco da Salesforce.com (N:CRM) concordou em comprar 100 milhões de dólares em ações ordinárias Classe A do Dropbox em uma colocação privada a um preço por ação igual ao do IPO.
No entanto, os proprietários das ações Classe A terão apenas dois por cento do poder de voto e o resto permanecerá com os acionistas da Classe B. A maioria das ações Classe B são de propriedade de Houston, Ferdowsi e os investidores Sequoia Capital, Accel e T. Rowe Price.
Goldman Sachs & Co (NYSE:GS), JPMorgan, Deutsche Bank Securities, BofA Merrill Lynch são os coordenadores líderes da oferta pública.
(Por Diptendu Lahiri, em Bengaluru)