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Leilão para vender petróleo da União atrai proposta apenas da Shell, diz fonte

Publicado 24.05.2018, 17:58
© Reuters.  Leilão para vender petróleo da União atrai proposta apenas da Shell, diz fonte
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Por Luciano Costa

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Um leilão agendado para 30 de maio na bolsa paulista B3, no qual a estatal Pré-Sal Petróleo SA venderá petróleo da União produzido em áreas de partilha da produção, recebeu proposta de apenas um investidor, a anglo-holandesa Shell, disse à Reuters uma fonte com conhecimento direto do assunto nesta quinta-feira.

O primeiro leilão para venda de petróleo da União era aberto a todas empresas autorizadas a comercializar petróleo, sendo autorizada também a participação de fundos de investimento em consórcios.

Serão oferecidos na licitação, que terá sessão pública às 17h de 30 de maio, três contratos com validade de um ano.

O prazo para apresentação de propostas pelos interessados venceu em 22 de maio, e a análise dos documentos dos lances aconteceu na quarta-feira.

"Houve uma proposta apenas, da Shell... a expectativa era bem maior, mas ninguém veio", disse a fonte, que falou sob a condição de anonimato porque o assunto é tratado sob sigilo.

A fonte não soube especificar se a Shell apresentou proposta para todos os três contratos que serão oferecidos na licitação e nem os valores envolvidos.

Os contratos do leilão da PPSA envolvem a venda da produção estimada da União em três áreas do pré-sal --a área de desenvolvimento de Mero (em Libra), na Bacia de Santos, de Sapinhoá, na Bacia de Campos, e Lula, também na Bacia de Santos.

A produção estimada da União a ser licitada na área de Mero é de 1,630 milhão de barris de petróleo, enquanto em Sapinhoá são 120 mil barris e em Lula 600 mil barris.

Pelas regras do leilão, o vencedor do certamen tem que adquirir toda a produção do respectivo campo durante um ano, remunerando a União a cada retirada de carga.

A Shell é sócia em todas as áreas cujo petróleo será comercializado pela PPSA.

A área de Mero é explorada por um consórcio formado pela Petrobras (SA:PETR4) (operadora, com 40 por cento), Shell (20 por cento), Total (20 por cento), CNPC (10 por cento) e CNOOC (10 por cento).

Já Sapinhoá tem Petrobras como operadora (com 45 por cento), Shell (30 por cento) e Repsol (MC:REP) (25 por cento). Lula é operado pela Petrobras (65 por cento), com os sócios Shell (25 por cento) e Petrogal (10 por cento).

Procurada, a Shell não comentou o assunto imediatamente.

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