HAMBURGO/CINGAPURA (Reuters) - Os contratos futuros do milho tocaram nesta quarta-feira máximas de seis meses na bolsa de Chicago, após o Brasil zerar a tarifa de importação do cereal, o que deve favorecer importações do produto norte-americano.
O governo brasileiro decidiu na terça-feira retirar provisoriamente a tarifa de importação de milho para compras externas feitas fora do Mercosul, visando aumentar a oferta do cereal em um mercado local atingido por preços em patamares recordes.
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou isenção da taxa para uma cota de até 1 milhão de toneladas, válida de maio a outubro, segundo comunicado do Ministério de Agricultura.
O contrato maio do milho operava em leve alta, próximo de 3,86 dólares por bushel.
"O milho tem suporte da preocupação com clima desfavorável para a safra do Brasil e também pela decisão do governo brasileiro de zerar o seu imposto de importação de milho", afirmou o economista agrícola Frank Rijkers, do ABN AMRO (AS:ABNd) Bank.
"Isso seria positivo para as perspectivas de exportações dos Estados Unidos", acrescentou.
(Por Michael Hogan e Naveen Thukral)