Investing.com – A nova safra brasileira 2023/24 pressiona os preços da commodity, segundo relatório trimestral AgroInfo, do Rabobank. Além desse fator, a recuperação da produção em regiões relevantes tende a limitar as cotações ao longo dos próximos seis meses.
Na visão do banco, colheita no Brasil deve ficar em torno de 66 milhões de sacas, das quais 42,7 milhões de sacas é arábica. O montante representa uma elevação de 4,4% e 6,4% no volume total e arábica, respectivamente, em relação ao ciclo passado.
Segundo o banco, a colheita continua sem grandes distúrbios. “Até momento, não é esperado ocorrência de geadas no Brasil, porém, é importante seguir monitorando. Olhando à frente, o atual contexto de baixos estoques locais (sendo necessária uma redução em nossa estimativa de café arábica em 2022/23), restrição da oferta global e a chegada do inverno brasileiro devem trazer volatilidade ao mercado.
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Contexto
Ainda conforme o relatório, a desvalorização do café arábica poderia ser maior, mas há limitações na oferta global e baixos estoques. Os problemas são encontrados em países como Colômbia, segundo maior produtor global de café arábica e no Brasil. Por outro lado, dados preliminares na produção colombiana indicam recuperação em maio e, em Honduras, houve melhora nas últimas semanas.
“No mercado do café robusta, apesar dos bons volumes de exportação do Vietnã (maior produtor) e Indonésia em 2023, a expectativa de quebra de safra indonésia, demanda global aquecida por este tipo de café e a iminência do El Niño (que em tese, aumenta os riscos de seca no sudeste asiático), tem sustentado os preços do café robusta”, ressalta o Rabobank.