ONS eleva projeção e vê carga de energia subir em julho apesar de pandemia

Publicado 17.07.2020, 13:15
© Reuters. Torres e linhas de transmissão de energia em Brasília (DF)

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A carga de energia do sistema elétrico interligado do Brasil deve avançar 0,5% na comparação anual em julho, mesmo em meio à pandemia de coronavírus, projetou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) nesta sexta-feira, à medida que diversas regiões flexibilizam quarentenas adotadas para conter o vírus.

A previsão aponta leve melhoria frente à semana anterior, quando o órgão do setor elétrico esperava alta de 0,1% na carga ante o mesmo mês de 2019, além de importante recuperação ante os meses anteriores, mais fortemente impactados por medidas de isolamento que levaram ao fechamento de negócios e à redução das atividades econômicas.

Em abril, primeiro mês inteiramente sob efeito de quarentenas decretadas por Estados e municípios, a carga desabou 12%, com retração de 12,5% na região Sudeste/Centro-Oeste.

Agora, a nova estimativa do ONS sugere uma retomada principalmente nessas regiões, que concentram a maior parte da demanda por energia no Brasil. A carga no Sudeste/Centro-Oeste em junho deve avançar 1,8% na comparação ano a ano, contra alta de 0,9% esperada na semana passada.

As projeções mais otimistas acontecem enquanto o governo do Estado de São Paulo, centro industrial e de negócios do país, flexibiliza gradualmente sua quarentena, assim como o Rio de Janeiro.

Se confirmada a previsão do ONS, julho marcaria o primeiro mês de avanço na carga de energia na comparação com 2019, após o consumo nos primeiros meses do ano ter sido impactado por chuvas e um clima mais ameno antes da pandemia.

Em maio, a carga caiu cerca de 10%, enquanto em junho o ONS estimava retração menor, de aproximadamente 4,5%.

Agora, pela mais recente projeção do ONS, a carga avançaria em julho também no Norte, com alta de 1,2%, e no Nordeste, com leve incremento de 0,1%.

© Reuters. Torres e linhas de transmissão de energia em Brasília (DF)

Mas o Sul, primeira região a iniciar flexibilizações nas medidas de isolamento, teria queda de 3,5%, à medida que o vírus avança por Estados locais.

O ONS apontou ainda que as chuvas na região das hidrelétricas do Sul devem atingir 134% da média histórica em julho, abaixo dos 146% estimados na semana anterior, mas bem acima do visto nos últimos tempos, em meio a uma seca que atinge a região desde meados do ano passado.

No Sudeste, que concentra os principais reservatórios hidrelétricos, as precipitações estão estimadas em 81% da média, estáveis frente à semana anterior.

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