Investing.com – Os preços do ouro saíram dos níveis mais baixos da sessão nesta segunda-feira, após terem atingido uma baixa de cinco anos, em meio a especulações de que o Banco Central dos EUA (Fed) está perto de aumentar as taxas de juros pela primeira vez em oito anos.
Os futuros de ouro com vencimento em agosto na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), atingiram uma baixa da sessão de US$ 1.080,00 por onça-troy, um nível não visto desde fevereiro de 2010, antes de serem negociados a US$ 1.112,40 no pregão da manhã, uma queda de US$ 19,50, ou 1,72%.
O ouro despencou 5,3% em questão de minutos no início das negociações asiáticas, com um surto de vendas técnicas após os preços terem ficado abaixo do nível de apoio de US$ 1.120, desencadeando novos pedidos de venda em meio a sinais de baixa.
Na semana, os preços do metal precioso caíram US$ 27,20, ou 2,24%, a quarta perda semanal consecutiva, em meio a crescentes apostas de que um aumento da taxa acontecerá em setembro.
O ouro, que não rende e custa dinheiro para ser mantido, é visto como um investimento menos atraente em épocas de aumento das taxas de juros.
Também na Comex, os futuros de prata com vencimento em setembro caíram 14,2 centavos, ou 0,96%, para US$ 14,69 por onça troy, ao passo que o cobre com vencimento em setembro recuou 2,0 centavos, ou 0,79%, para US$ 2,476 por libra.
Enquanto isso, o dólar norte-americano continuou em alta em relação à maioria das principais rivais, uma vez que dados otimistas sobre a inflação e a habitação nos EUA, divulgados na sexta-feira, somaram-se às expectativas de um aumento das taxas de juros entre setembro a dezembro.
O índice do dólar, que avalia a força do dólar norte-americano em comparação com a cesta das seis principais moedas, ficou em 98,09, após ter atingido uma alta de sete semanas de 98,19 no início do dia.
Um dólar mais forte mina a demanda por matérias-primas como um investimento alternativo e torna os metais vendidos na moeda mais caros para os detentores de outras moedas.
Os bancos gregos reabriram nesta segunda-feira pela primeira vez em três semanas, mas as restrições aos saques em dinheiro permaneceram em vigor. Os clientes estão agora autorizados a retirar € 420 por semana, em vez da imposição anterior de € 60 por dia.
A nação em dívida fez o pagamento de uma parcela de € 6,8 bilhões aos seus credores internacionais nesta segunda-feira, após ter recebido um empréstimo-ponte da União Europeia de € 7,16 bilhões na sexta-feira.