O contrato futuro mais líquido do ouro fechou em queda na sessão desta segunda-feira, 22, pressionado pela alta dos juros dos Treasuries e diante da valorização do dólar ante grande parte das moedas fortes e emergentes. Ainda, a reunião marcada entre o presidente norte-americano, Joe Biden, e o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, ainda para esta segunda, às 18h30 (de Brasília), ficou no radar de investidores, junto com falas mais rígidas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para junho fechou em queda de 0,33%, a US$ 1.977,20 por onça-troy.
Edward Moya, da Oanda, avaliou que o ouro era pressionado para operar abaixo do suporte de US$ 2 mil por onça-troy, enquanto Wall Street aguarda uma atualização significativa sobre as negociações do teto da dívida e com notícias de mais tensões entre os EUA e a China.
"Até vermos estresse do mercado, o ouro está caindo", destaca o analista.
Olhando para frente, Moya avalia que o ouro deverá seguir como um ativo "instável". "Se o governo americano conseguir fechar um acordo no início desta semana, isso pode levar a uma venda razoável de barras de ouro na região, de US$ 1.950 por onça-troy".
Ainda no radar, falas mais "hawkish" do presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, fizeram com que aumentassem as chances de uma elevação de juros em junho, no monitoramento do CME Group.
Segundo a Heraeus Precious Metals Trading, o preço do ouro cai "à medida que a esperança de um corte nas taxas de juros dos EUA se esvai".