Investing.com - A cotação do ouro permanecia na mínima de seis meses nesta quinta-feira, já que as tensões comerciais entre os EUA e a China ressurgiam.
Na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York, os contratos futuros de ouro com vencimento em agosto recuavam 0,46% para US$ 1.268,60 a onça troy por volta das 11h57.
As tensões comerciais entre os EUA e a China continuavam, já que as duas maiores economias do mundo enfrentavam retaliações em relação às tarifas comerciais. No começo da semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor tarifas sobre outros US$ 200 bilhões em produtos chineses. Investidores temem que a China possa revidar atacando grandes empresas, incluindo a Caterpillar (NYSE:CAT) e a Boeing (NYSE:BA), que dependem da China para obter receita.
A União Europeia deve impor tarifas sobre cerca de US$ 3,4 bilhões em produtos importados dos EUA na sexta-feira, incluindo motocicletas, suco de laranja e molho de cranberry. As tarifas esperadas aumentaram as tensões, já que investidores temem uma guerra comercial global entre os EUA, a União Europeia e a China.
Os investidores muitas vezes recorrem ao ouro em tempos de incerteza política, já que o metal precioso é frequentemente considerado um porto seguro em relação ao impacto da geopolítica, mas o ouro tem lutado em meio aos mais recentes riscos políticos devido à força do dólar.
Enquanto isso, o dólar norte-americano estava em baixa. O ouro normalmente sobe quando o dólar cai, já que o metal precioso é cotado na moeda norte-americana e é sensível a movimentos da divisa, mas estava contido mesmo com uma queda do dólar.
O índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, estava em 94,50, caindo 0,30%.
O metal se torna mais caro para detentores de outras moedas quando o dólar sobe e mais barato quando cai.
Ainda na divisão Comex, contratos futuros da prata tinham queda de 0,12% e eram negociados a US$ 16,290 por onça troy. Quanto a outros metais preciosos, os contratos futuros de platina recuava 1,03% para US$ 865,10, enquanto os contratos futuros de paládio caíam 0,54% e eram negociados por US$ 952,00 a onça. Os contratos futuros do cobre tinham perdas de 0,25% e estavam cotados a US$ 3,033 por libra.