As 7 Magníficas cansaram? Descubra as próximas queridinhas do mercado
Investing.com - O mercado de criptomoedas enfrenta uma nova rodada de correção nesta quinta-feira, 17 de outubro, refletindo um ambiente global de aversão ao risco alimentado por tensões comerciais e preocupações com a saúde do sistema financeiro internacional. A combinação de liquidações automáticas e saída de capital institucional mantém o clima de cautela, enquanto ativos tradicionais como o ouro voltam a ser os principais beneficiados do cenário geopolítico conturbado. Próximo das 16h45 (horário de Brasília), o sentimento predominante entre os investidores ainda era defensivo.
De acordo com dados da Binance, o Bitcoin era negociado a US$ 106.606,10, com queda de 1,28% nas últimas 24 horas, enquanto o Ethereum registrava baixa de 1,23%, cotado a US$ 3.822,05. Entre as principais altcoins, a BNB liderava as perdas com recuo expressivo de 7,02%, sendo uma das mais impactadas pelos movimentos de desalavancagem dos últimos pregões. O volume segue elevado, o que indica que, apesar da fraqueza dos preços, o mercado ainda não entrou em modo de exaustão.
A pressão vendedora está diretamente ligada à combinação entre conflitos comerciais envolvendo Estados Unidos e China, declarações políticas que reacenderam temores de novas tarifas e preocupações pontuais com bancos regionais norte-americanos. Ao mesmo tempo, ETFs de Bitcoin registraram fluxos negativos significativos, alimentando algoritmos de liquidação em cascata e empurrando o preço em direção a níveis técnicos sensíveis. A força do ouro como porto seguro reforça a leitura de que os investidores estão priorizando proteção em detrimento de ativos de risco.
Com esse pano de fundo, a postura dos traders tem sido de redução de exposição e espera por sinais mais claros antes de qualquer reposicionamento direcional. A volatilidade se mantém elevada, mas o apetite comprador ainda não reapareceu de forma consistente, o que sugere uma possível fase de consolidação ou nova busca por suportes mais baixos caso o nível de US$ 104 mil ceda. Enquanto isso, indicadores de sentimento apontam para medo crescente, em cenário típico de transição, mas que ainda exige prudência antes de apostar em retomadas mais firmes.
"Com a queda acentuada do Bitcoin, Ether e outras altcoins — que resultou em mais de US$ 19 bilhões em liquidações globais —, as exchanges latino-americanas correram para conter os impactos. Por exemplo, a Lemon Cash, da Argentina, suspendeu temporariamente as negociações com margem e divulgou um comunicado esclarecendo que sua exposição ao USDe era mínima. Já a Mercado Bitcoin, do Brasil, registrou um aumento de três vezes nos pedidos de saque em apenas 12 horas, o que exigiu injeções emergenciais de liquidez. A Bitso, do México — que não lista USDe —, viu entradas recorde de stablecoins, à medida que os traders migraram de ativos voláteis para USDC e USDT", explicou John Murillo, Diretor Comercial da B2BROKER.
"Esse crash técnico não anula a força do ciclo macro, mas liga o alerta: o Bitcoin entrou em zona de sobrevenda e volatilidade máxima, com o suporte de US$ 105.000–106.000 como divisor de águas. Repique técnico pode surgir, mas o ambiente segue perigoso — só traders experientes devem buscar oportunidades neste cenário", analisou o WarrenAI.
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