Contagem de tempo da Selic restritiva por prazo “bastante prolongado” não zera a cada reunião, diz Galípolo
Com perda de 16,77% em novembro, o Bitcoin teve desempenho semelhante ao de novembro de 2022, quando caiu 16,23% após o colapso da FTX, embora nenhum evento de mesma magnitude tenha ocorrido neste ano. A queda não se deveu a um fator específico do setor, mas a fatores macroeconômicos. Em 6 de outubro, o BTC atingiu recorde histórico de US$ 126.198 antes de despencar para US$ 82 mil em 21 de novembro, marcando sua 13ª formação de “death cross” desde 2011. Desde então, recuperou parte das perdas, subindo 5,5% na semana e sendo negociado em torno de US$ 91.464, com zona de suporte entre US$ 83 mil e US$ 85 mil. Segundo dados da Polymarket, 48% dos traders apostam que o BTC fechará o ano acima de US$ 100 mil, enquanto 34% esperam cotação abaixo de US$ 80 mil.
Queda em meio a fundamentos sólidos
Apesar da ausência de um gatilho interno, o principal fator para o tombo foi a decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas de 100% sobre importações chinesas em 10 de outubro, em meio a disputas sobre o controle de minerais estratégicos. O anúncio provocou liquidações de quase US$ 20 bilhões e saídas expressivas de ETFs de Bitcoin, revertidas parcialmente nos últimos dias. Embora Trump e o presidente Xi Jinping tenham chegado a um acordo no fim de outubro, o choque inicial drenou liquidez e encerrou o chamado “Uptober”. Analistas do Deutsche Bank destacam que, diferente de quedas anteriores dominadas por especuladores de varejo, o recuo atual ocorre em um cenário de ampla presença institucional e forte influência de fatores macro. O sentimento de curto prazo é agora determinante, especialmente entre os detentores de curto prazo (STH), cujo preço médio realizado está em US$ 104 mil, bem acima da cotação atual, o que limita novas altas, a menos que instituições entrem com ordens de compra relevantes.
Instituições reforçam posição em meio ao medo
Períodos de extremo pessimismo costumam atrair grandes investidores para ativos de oferta limitada como o Bitcoin, ainda mais escasso que o ouro. Quando o BTC tocou US$ 87 mil em 20 de novembro, o Texas Blockchain Council comprou US$ 10 milhões em BTC por meio do ETF IBIT da BlackRock. Poucos dias antes, a autoridade financeira de New Hampshire lançou o primeiro título municipal de US$ 100 milhões lastreado em Bitcoin. O fundo soberano de Abu Dhabi triplicou sua exposição ao IBIT, enquanto a Universidade de Harvard ampliou suas posições em 260%. Esses movimentos indicam uma nova rodada de recompras institucionais, possivelmente acelerada por fatores políticos.
Mudança no comando do Federal Reserve
Mesmo após ter contribuído para a correção de outubro com sua retórica sobre tarifas, Trump mantém um discurso favorável ao setor cripto. Nos últimos dias, voltou a ganhar força a especulação de que ele pretende substituir Jerome Powell no comando do Federal Reserve até o Natal. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que há “grande chance” de Kevin Hassett, atual diretor do Conselho Econômico Nacional, assumir o posto. A troca sinalizaria uma política de juros mais baixa, alinhada às preferências de Trump, que há anos critica Powell por resistir a cortes agressivos. Caso essa expectativa se concretize, o mercado pode antecipar um ciclo de reduções mais rápidas nas taxas, favorecendo ativos de risco. Como em ciclos anteriores, o Bitcoin tende a reagir primeiro, beneficiando-se da queda dos rendimentos e da busca por ativos escassos e não remunerados, como o ouro, e especialmente o próprio BTC.
***
PARE DE INVESTIR NO ESCURO! No InvestingPro, você tem acesso a ferramentas treinadas de IA em 25 anos de métricas financeiras para escolher as melhores ações e ainda tem acesso a:
- Preço-justo: saiba se uma ação está cara ou barata com base em seus fundamentos.
- ProTips: dicas rápidas e diretas para descomplicar informações financeiras.
- ProPicks: estratégias que usam IA para selecionar ações explosivas.
- WarrenAI: consultor pessoal de IA treinado com dados do Investing.com para tirar suas dúvidas sobre investimentos.
- Filtro avançado: encontre as melhores ações com base em centenas de métricas.
- Ideias: descubra como os maiores gestores do mundo estão posicionados e copie suas estratégias.
- Dados de nível institucional: monte suas próprias estratégias com ações de todo o mundo.
- ProNews: acesse notícias com insights dos melhores analistas de Wall Street.
- Navegação turbo: as páginas do Investing.com carregam mais rápido, sem anúncios.

AVISO: Este conteúdo tem caráter exclusivamente informativo. Não constitui oferta, recomendação ou solicitação para compra de ativos. Lembramos que todos os investimentos envolvem riscos relevantes e devem ser avaliados sob múltiplas perspectivas. O InvestingPro não oferece consultoria de investimentos. As decisões e riscos assumidos são de inteira responsabilidade do investidor.
