O ouro fechou em queda, pressionado pela alta do dólar e dos juros dos Treasuries, em uma sessão marcada pelo relatório de emprego Jolts, que mostrou um mercado de trabalho resiliente nos EUA, e dados fracos de índices de gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês).
Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro fechou em baixa de 1,51%, a US$ 1.978,80 por onça-troy.
A desvalorização ocorre ao mesmo tempo em que o dólar avançava ante moedas rivais, o que torna o metal mais caro para investidores estrangeiros. A commodity ainda parece sofrer com o aumento nos retornos dos Treasuries e, portanto, da atratividade dos títulos públicos americanos, com quem compete por também serem ativos seguros.
O mercado digere PMIs industriais que levantaram preocupações sobre uma recessão global e o relatório de vagas de emprego Jolts dos EUA, que indicou uma desaceleração em ritmo classificado pela Oxford Economics como "potencialmente muito lento para o gosto do Federal Reserve (Fed)". "Embora esperemos que o aumento da taxa de juros da semana passada tenha sido o último, os riscos estão inclinados para um aperto adicional se o Fed determinar que os dados o justificam", analisou a consultoria.
O Gold Hub disse hoje que a demanda por ouro no segundo trimestre caiu levemente, puxada por uma desaceleração nas compras do metal pelos bancos centrais. No entanto, o ritmo "continua positivo", segundo a análise da consultoria.