Bitcoin recua com tensão EUA-China e puxa queda generalizada no mercado cripto
Investing.com - O mercado cripto volta a operar em terreno negativo nesta terça-feira (14), pressionado por um ambiente macroeconômico misto, onde tensões comerciais entre Estados Unidos e China se chocam com expectativas de afrouxamento monetário pelo Federal Reserve. Após uma tentativa de recuperação nos últimos dias, o Bitcoin perdeu força ao longo da tarde, refletindo um tom mais cauteloso entre investidores às 16h45 (horário de Brasília). O movimento ocorre em meio a um cenário de aversão parcial ao risco, com ativos digitais oscilando sem uma direção definida após recentes choques de liquidez.
Segundo dados da Binance, o BTC era negociado a US$ 111.508,9, acumulando queda de 1,77% no dia, enquanto o Ethereum recuava 3,19%, cotado a US$ 4.003,99 no mesmo horário. Entre os maiores tokens, a BNB também acompanhava o movimento vendedor, caindo 3,32%, para US$ 1.166,69. O recuo generalizado reforça o enfraquecimento do fôlego observado no início da semana, quando entradas em ETFs ajudaram a conter as perdas.
As incertezas seguem concentradas no embate tarifário entre Washington e Pequim, após novas ameaças comerciais aumentarem a volatilidade nos mercados globais. Ao mesmo tempo, declarações mais brandas do presidente do Fed, Jerome Powell, reforçaram a percepção de que um corte de juros pode ocorrer ainda neste mês, criando um cenário híbrido entre risco e proteção. O ouro, por sua vez, segue em alta, reafirmando sua posição defensiva diante das incertezas geopolíticas.
Com oscilação moderada e volumes menores que os registrados durante o crash da semana passada, os investidores adotam uma postura de espera, aguardando sinais mais claros de direcional. A lateralização recente indica que apenas novos gatilhos macro, como atualizações sobre tarifas ou fluxos institucionais mais robustos, deverão destravar movimentos mais expressivos para cima ou para baixo.
Para Guilherme Prado, country manager da Bitget no Brasil, o BTC ainda mostra bastante força. "No agregado dos 100 principais ativos, apenas pouco mais da metade supera Bitcoin no acumulado recente, mostrando que o apetite está mais seletivo. Tokens que haviam apresentado forte performance — como projetos ligados à IA, Layer 2 e DeFi — passaram a sofrer correção e rotação defensiva, sinalizando menor disposição de risco no curto prazo. Para uma retomada da altseason, seria preciso o índice ultrapassar os 75 pontos, o que depende de fatores como aprovação de ETFs de outros ativos (XRP, Solana), fluxo de capitais institucional e reversão do atual cenário de cautela macro", explicou.
"O Bitcoin perdeu fôlego ao encostar nas médias móveis — negociado a 98,3% da média de 50 dias e 104,9% da de 200 — enquanto o RSI recuou para 41,72 e a volatilidade segue elevada com volatilidade realizada de 34,9% e volume diário de US$ 73,42 bilhões, evidenciando um mercado ainda ativo mesmo em correção. Apesar do ruído de curto prazo, a dominância de 58,73% e os mais de US$ 3 bilhões aportados em ETFs reforçam a resiliência estrutural do ativo em meio a um cenário macro ainda sensível ao dólar e a tensões comerciais globais. Agora próximo ao suporte psicológico dos US$ 110.000, o BTC pode tanto aprofundar quedas quanto consolidar entre US$ 120.000 e US$ 130.000 — e, se o RSI se aproximar de 30 com volatilidade ainda alta, uma nova oportunidade de compra pode surgir", analisou o WarrenAI.
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